ROCA ‘N’ ROLL!!

Sporting – 3 (Tonel, Izmailov e Djaló), Homens da Trofa – 1 (Pinheiro)

Nível de endorfinas: muito satisfatório: festival de bola nos primeiros 35 minutos. Deu gosto ver o carrosel. 10 minutos para descansar até ao intervalo. 15 minutos iniciais da 2ª a adivinhar novos golos e com o losango a rodopiar e bem oleado. Depois, erro do Polga e mudou tudo, regressando a nuvem do ano passado. Com uma diferença: o jogo esteve sempre na mão dos homens de barba rija da equipa.

Momento-chave: Penalty e expulsão: se não tivessem acontecido, os homens da Trofa tinham saído com cinco ou seis no saco. E tinha sido a grande oportunidade para o Postiga marcar pelo Sporting…

Prémio El Dieguito: Sem discussão: golo de calcanhar do Djaló! Que maravilha. Menos óbvio: abertura do Roca para o Izmailov, minutos antes de sofrermos o penalty: classe pura!

Prémio Gladstone: O disparate da noite é cortesia de Anderson Polga. Péssimo timing na abordagem à bola, deixando escapar Zé do Gol e, depois, um erro infantil com consequências sérias para a equipa: golo sofrido, 10 em campo, ausência em Braga. Um capitão não faz disparates destes…

Prémio Zé Piqueno: Valdomiro, Areias, Milton do Ó: é escolher. Gostei especialmente dos pitons cravados na perna do Derlei (2ª parte) e do empurrão ao Djaló contra os placards de publicidade. Estes meninos vêm com a rodagem toda das batalhas campais do nosso futebol secundário.

Visão Zeman: O losango está num rodopio. E obedece ao mestre Roca. É verdadeiramente impressionante: o gajo define tudo: vai para o meio, logo alguém ocupa o seu lugar na direita. Vai para a direita e suga todo o meio campo, que o segue para pequenas tabelinhas. A sua movimentação define o jogo da equipa toda. E, depois, com a bola nos pés, faz tudo: lança a 25 metros, dá toques de meio metro para um gajo que vem atrás, é imprevisível e torna o Sporting imprevisível. Que tenha saúde, é o que se deseja. E muita caminha.

Substituições: A saída do Pipi não foi feliz. Perdemos o controlo do meio campo com um homem a menos. Já não havia ali ninguém para dar linhas de passe. E o Derlei e o Djaló estavam perdidos lá na frente. Quando entra o Pereirinha para o Djaló, a coisa melhorou, obviamente: 4-4-1, linhas de passe, progressão… tranquilo até ao fim.

Vivó Sporting… até morrer!: A entrega da Supertaça entre um anão e um gigantone, claro, foi o momento Sporting da noite. Mas não foi o único, infelizmente: a histeria colectiva que se seguiu ao lance do penalty fantasma, num jogo de 3-0, também é muito Sporting. E a assobiadela à saída do árbitro é sintomática deste modo de viver o futebol que eu me esforço para não partilhar (nem sempre consigo, admito). Apitar em Alvalade deve ser um pesadelo para qualquer árbitro. Depois, vê-se, só fazem merda… (o erro do Polga foi tão grosseiro como o do fiscal-de-linha. Ponto.)

19 thoughts on “ROCA ‘N’ ROLL!!

  1. Belo comentario! Os primeiros 3 pontos ja ca cantam.
    Nao consigo ser tao “zen” quando um arbitro comete um erro daqueles, ainda para mais no Estadio Jose Alvalade. Ainda para mais quando TODOS sabemos perfeitamente que se tal tivesse ocorrido na Luz ou no Dragao nunca na vida teria havido penalti ou sequer cartao vermelho…

    Havera alguma duvida de q para ser campeao o Sporting tera que lutar contra mais do que apenas 15 equipas?

  2. Douglas,
    não imaginas como sabe bem acordar e ter acesso a tão correcto olhar sobre a partida de ontem, o qual comentarei com mais calma lá pelo final do dia. No entanto, não posso deixar de sentir-me desconsolado por não teres feito referência alguma à ovação “Cherbakov!”, que antecedeu a partida. Amigo, fomos nós, o Cacifo, que que voltámos a fazer o Cherba andar (por assim dizer) :)

    p.s. – vou para a fisioterapia

    p.s. 2 – Dinis, fiquei à tua espera. Enquanto o Estádio apladia de pé o gritar do meu nome, eu procurava alguém com os Estatutos e o volume 16 da Grande enciclopédia luso-brasileira, debaixo do braço. No fundo, uma espécie de jeová bastante mais carregado, mas compreendo que tenham barrado a tua entrada no Estádio quando viram que ainda trazias a Bíblia, os Lusíadas e toda a colecção da Tele Culinária assinada pelo grande Chefe Silva.

  3. Tudo bem que o adversário era aquele pequeno e limitado Trofense. Mas fiquei com expectativas elevadas quanto ao desempenho do nosso losango este ano. Se jogar sempre assim, com aquelas trocas de lugar e mudanças de ritmo ditadas ao sabor de cada jogada, acaba-se a previsibilidade que tanto nos atormentava no ano passado.
    Por outro lado, se acredito que o Veloso possa perfeitamente entrar num esquema destes, confesso que já tenho mais dificuldades em acreditar que o Vuk se adapte tão bem… Cheira-me a que o homem só vai ser opção no tal 4x4x2 em linha.

  4. Concordo com o Cherba, sabe bem ler esta análise logo pela fresquinha. A partir desta semana os jornais desportivos deixaram de fazer sentido ( excepto O Jogo, obviamente)

    Destaco o facto de termos iniciado a partida apenas com um reforço 08/09, Rochemback. Mas que reforço… aquela abertura para o Izmailov, da esquerda para a direita (!), prova com o nosso futebol pode ser diferente. Naqueles segundos parecia estar a ver um jogo da Premiere League, espero que este nível se mantenha durante toda a época. Não te deixeis cair em tentação e livrai-te das caipirinhas, Roca. Amén ao teu futebol.

    Pena que tenha parado o cérebro ao Polga naquele lance, foi mau demais.
    Mas – e aqui não concordo contigo, Douglas – a decisão do fiscal de linha é uma aberração inacreditável. Todas as assobiadelas foram poucas.
    A função do bandeirinha não é fácil, muitas vezes toma decisões de lances que se decidem em centésimos de segundo, blá, blá, blá, mas neste caso o gajo tinha o lance à frente dos olhos, a falta é cometida a mais de um metro de distância da grande área, para onde é que o imbecil estava a olhar?
    Como é que um anormal que se engana desta maneira, está apto a tirar foras-de-jogo milimétricos? Só posso concluir que decide de forma puramente aleatória os lances realmente duvidosos. E se só estivéssemos a ganhar 1-0?
    O Paulo Batista ( ou Baptista, já que estamos numa de religião) não é mau árbitro, mas os auxiliares que o desajudam, normalmente estragam tudo. Foi um bandeirinha do Batista que marcou fora-de-jogo ao Hugo Viana, num jogo com o Braga em Alvalade. Era o ano do Peseiro e com esses 2 pontos, muito provavelmente, tínhamos sido campeões.

    Em suma, enquanto jogámos com 11, foi bom.
    Que Jesus (o Jorge) nos acuda para a semana.

  5. Grande Roca!
    Grande Djaló com seu calcanhar mágico!
    Grande Sporting até à expulsão do Polga!
    Grande estupidez do árbitro ao aceitar a opinião do seu juiz de linha como certa.
    Merecem ambos cartão vermelho directo da entidade patronal e suspensão por 3 jogos.
    Se fizessem isso estou certa que teriam muito mais atenção às suas decisões.
    Rugidos leoninos

  6. Foi um bom jogo do Sporting, principalmente na primeira parte, que foi de sentido único: sempre em direcção à baliza do Trofense.
    Na segunda parte em virtude da grande penalidade muito mal assinalada, os leões ficaram algo desorientados em campo e o Trofense aproveitou para criar mais perigo junta da baliza de Patrício. No global, foi uma boa entrada do leão.

    SL

  7. Uma verdadeira entrada de leão, que fez um bom jogo e podia ter construido um resultado mais dilatado, não fosse a “estupidez” de Polga e a cegueira da equipa de arbitragem.
    O Sporting reforça a sua candidatura ao titulo para a qual tem uma próxima deslocação muito complicada, onde se vencer pode tirar dividendos do clássico da próxima jornada.
    Contra tudo e todos, rumo ao titulo…

    Abraço

  8. Cherba: não vi ninguém de babete encarnada com o símbolo do Partido Republicano. Não consegui chegar ao gajo da mesa de mistura pelo que os Estatutos regressaram a casa imaculados e afinal o volume dezasseis é da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e não, como erradamente afirmei da Luso-brasileira. Como não gosto de enganar ninguém resolvi sentar-me sossegado e acender o Cohiba siglo IV, ritual que cumpro sempre que há vantagem de dois golos. Em suma, a mim correu-me bem o dia. E tu? Conseguis-te ver bem a jogada do Djaló aí desse tal Alvalada XXI.?
    Foi com o calcanhar…! Já te disseram ou viste no sapo?

  9. Claro que vi, pá! Da tribuna vê-se bem, sabias? Foi um grande golo, pois foi? Aposto que, como tu tanto gostas de afirmar, disseste a todos os amigos e conhecidos que tinha sido “um golo glorioso” (quase vomito ao dizer isto. E olha que nem bebi vodka). Quase tão glorioso como escrever “conseguiste” como tu escreveste.

  10. “A indigência que caracteriza a generalidade das “croniquetas” e das “críticas” que enchem os jornais, a cobardia anti-polémica com que, par délicatesse, as adornam, o cuidado com a “correcção”, a irrelevância, etc., etc., trazem à superfície a saudade que o EPC deixou.”
    João Gonçalves in http://www.portugaldospequininos.blogspot.com.

    Moral da história: não fosse eu leitor compulsivo,fosse mais uma dos teus amigos ignorantes e não teria necessidade de responder aos impropérios. Sucede que: ” a cobardia anti-polémica” fez-me lembrar este provérbio: Antes a morte que tal sorte!( a de passar por cobarde)
    Portanto e em conclusão: o Estádio do Sporting Clube de Portugal chama-se Estádio José de Alvalade. Foi isto e só isto que eu disse. Mantenho,sublinho e reitero.
    Quanto ao resto, tens aqui um blogue porreiro. Terei todo o gosto em visitar e comentar. Não me insultes, tá? Da minha parte evitarei “o glorioso” depois de (inteligentemente) reflectir, noto que que é expreesão que não faz parte do nosso léxico.
    Pronto. Vá lá e calminha.
    Agradecido

    PS: O EPC de que fala o autor é Eduardo Prado Coelho
    PS2- Não me insultes outra vez.

  11. Dinis,
    quase fico com a ideia que esta troca de palavras consegue tirar-te o sono. Não vale a pena. Aliás, se te acalmasses um bocado, terias visto que dei-te razão na questão do nome do estádio e até alterei o post que fazia a antevisão ao jogo com o Trofense. Por mim, esse assunto está encerrado.
    Se não te importas, e sem mais ofensas, prefiro gastar o meu latim com “os meus amigos ignorantes” (o que vale é que, vindo de ti, isto até dá vontade de rir. Caso contrário, a malta podia ofender-se, mas compreendemos que tenha sido apenas um problema de “expreesão”).

    Dasvidania
    Cherba

  12. Sou, simultaneamente, “amigo ignorante” e acérrimo defensor do direito à liberdade de expressão/crítica de quem nos visita. Sou, por isso, amigo do Cherba e defensor do Dinis. E é nessa dupla função que grito aos céus: que discussão mais pateta estão vocês a prolongar no tempo senhores… Pensei que a coisa tinha ficado resolvida com a correcção do nome do estádio e a posterior inserção do Volume 16 da enciclopédia no ânus do Cherba. Mas vejo que não… agora percebo que isso eram apenas os preliminares de um longo namoro. Arranjem um quarto, pá!

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