Sporting – 2 (Postiga, Liedson), Equipa do Sindicato – 1 (Guaraná, ou que raio se chama o gajo que deve trabalhar no bar lá da Reboleira e decidiu fazer uma perninha aos rapazes alegadamente profissionais e marcar um grande golo)
Nível de endorfinas: Normal. Mais uma vitória, nesta fase relativamente acessível do calendário. Mais um Liedshow! Com o Sporting B em campo, mais alguns titulares, ficaram evidentes as dificuldades tácticas (em grande parte do jogo) e emocionais (os últimos 10 minutos) de um onze que tinha um grande jogador, vários jovens com potencial e dois ou três veteranos precoces. E bastou. A equipa andou (como andará até ao fim) ao ritmo deste tambor levezinho… se ele tivesse marcado as quatro oportunidades que teve, teria sido tranquilíssimo. Como não conseguiu, a ansiedade dominou o final do jogo para defender uma vantagem… que ele próprio criou. Pouco interessa se assiste, se marca um grande golo, se é o Pedro Silva que lhe mete a bolinha, se o Postiga faz um grande passe, ou se é o Djaló a assistir… é o eléctrico 31 que está sempre lá. A decidir.
Não renovem com ele e há uma revolução em Alvalade! Um 25 de Abril verde e branco (calhando, é o detonador que falta…)
Momento do jogo: bendita chuva, que deixou a relva bem molhada para que a bola rolasse, devagarinho, a poucos centímetros do poste, no último minuto… qualquer torrão de terra podia tê-la metido lá dentro… Finalmente, a puta da estrelinha…
Prémio Gladstone: Podia ser qualquer lance do Romagnoli… mas detenho-me no desespero colectivo e individual que se apoderou da equipa nos últimos 10 minutos, em especial aquele lance entre os centrais e Patrício que ia acabando com a fé sportinguista… e provocando a maior invasão de campo do ano por gente tresloucada em perseguição a um árbitro.
Prémio El Dieguito: Pela tentativa, o remate do meio-campo do Liedson a tentar aproveitar o adiantamento do guarda-redes. As genialidades nascem do arrojo.
Prémio Zé Piqueno: A falta do Polga logo a seguir a ter feito um passe idiota… dava o segundo amarelo e colocava equipa em trabalhos redobrados. Um pequeno “momento Pepe”, aliás, o vencedor incontestável do Prémio Zé Piqueno Europa (do ano).
Visão Zeman: Meter o Romagnoli em campo já deixou, há muito, de ter piada. Já é um insulto. Aliás, é uma prova cabal das limitadas competências de Paulo Bento. O argentino acabou para o futebol de nível médio. Não serve. E há muito tempo que qualquer gajo que tenha Sport TV percebeu isto. Mas continua a entrar a titular do Sporting. Já nem vou pelo caminho do “vestir a camisola verde e branca é um privilégio de poucos, dos melhores”. A história recente do Sporting já desmistificou, tristemente, este conceito. Prendo-me na absoluta irracionalidade táctica de jogar com um tipo que não faz absolutamente nada bem!
Dir-me-ão que não havia mais jogadores. E é aí que eu sobressai as limitações do Paulo Bento. Que nós pensemos que não há alternativas, é normal. Somos adeptos, não somos profissionais desta merda. Que um treinador decida em função disso mesmo, parece-me grave… então para que servem os treinos? Vamos jogar sempre com um trinco, dois médios volantes e um 10, mesmo quando temos um não-jogador para jogar a 10? Não há alternativas? Então e aqueles joguinhos em que até ganhámos com estilo contra equipas de merda num clássico 4-4-2? É preferível ter apenas duas opções de jogo: correr em tabelinhas pela direita ou lançar longo (e mal) para o Liedson?
Vivó Sporting… até morrer!: Liedsondependentes, agora que ele até diz que já está bem fisicamente, não é necessariamente mau… para o que falta. É preciso um pouco mais de amparo (Derlei, Izmailov, Moutinho e um Pereirinha melhorado), mas temos tudo para fazer o pleno… e, depois, é pagar os salários do Trofense e contratar, já, o Jorge Jesus… para ele dar-nos o título na última jornada no Dragão!