Bem-vindo!

Estou radiante com esta contratação… o Sporting precisa deste jogador como pão para a boca: um jogador a sério, sem mariquices, que morde os calcanhares aos adversários, com pulmão e forte nas bolas paradas. Tudo o que o Veloso ainda não é. É menos artista, mas desses já temos muitos. E é o back up perfeito para a dupla titular, numa lógica de intensa rotatividade.

Para quem não conhece, existem por aí bons perfis do homem. O percurso é bom, com idolatria em Saragoça, mentalidade de Selecção e caparro ganho em Itália.

Mas para quem possa ter dúvidas, basta atentar na fotografia do Record: o homem chega a Portugal de fato-de-treino, sem paneleirices! “Onde é que é o treino?”, parece perguntar…

A maçã mentirosa

“Nos termos e para efeitos do cumprimento da obrigação de informação que decorre do disposto no artigo 248º, nº1 al. a) do Código dos Valores Mobiliários, a SPORTING – Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, informa ter chegado a um acordo de princípio com o Genoa Cricket and Football Club S.p.A. para a transferência dos direitos desportivos do jogador Miguel Veloso e para a aquisição dos direitos desportivos do jogador Alberto Zapater, com o consentimento de ambos”.

Portanto, o aunciado amor ao Sporting e a vontade de apenas sair para um grande da Europa, foi rapidamente trocado por por um clube com tradições… no cricket.
A troco de? Estranho não ser dada essa infomação, mas a confirmarem-se os 9 milhões + Zapater, estamos perante um negócio que só não é mais manhoso que o do Moutinho porque não reforçámos um rival directo.

O primeiro dia do resto da nossa vida

Uma espécie de jogo treino, com uma equipa raçuda, para testar o novo Sporting. Evolução na linha dos outros jogos: batuta nos centrocampistas, arranque pelas alas com os defesas, apoio nos avançados e tentativa de jogo de desequilíbrios com os extremos e com os laterais.

Gostei:
Evaldo: tinha dúvidas, mas estou a dissipá-las a cada jogo, o rapaz é um lateral esquerdo daqueles bons. Ao contrário do João Pereira, defende muito bem e ainda limpa os buracos deixados pelos centrais lentos. A atacar, é uma locomotiva, de facto. Mas é preciso confirmar nos jogos a sério, com o peso da bancada de Alvalade nos ombros.
Maniche: alta rotação, bem posicionado e, acima de tudo, define com regularidade. Grande passe para o golo.
Vuk: Está de volta aquele que me apaixonou. Melhor em campo e único do ataque titular que faz, de facto, a diferença.

Gostei pouco, mas até gostei:
Postiga: O homem desenvolveu um dom: total falta de golo. E neste jogo até esteve relativamente bem na finalização… mas ficou claro que já é karma… não há golos para este senhor.
Liedson: Estou a gostar da negação do estatuto que o Paulo Sérgio lhe está a dedicar. Não é titular e quando entra joga sozinho no ataque. Estamos no início de qualquer coisa diferente na vida do Liedson. Se é bom ou mau, não sei ainda.

Não gostei muito:
Táctica: o 4-4-2 obriga a jogar com os avançados com menos golo dos três grandes. Percebo a ideia de jogar esticadinho em campo e com pressão sobre os dois centrais adversários. Mas torna-se particularmente inconsequente no momento de definir. O Saleiro então nem sei o que faz em campo no ataque. É inteligente e tal a jogar, mas morde tanto como uma marmota sem dentes.
Carriço: O Polga não comprometeu como tem sido hábito, mas o Carriço sim. Foi o pior defesa e aquele por onde se abriram mais buracos. Aliás, se o Sporting jogar com estes dois centrais, não só continua em desvantagem nas bolas paradas como ainda abre assustadoras avenidas nas suas costas. Valha-nos o Evaldo para fazer as dobras (quando está lá).
Djaló e Veloso: Que se assinem os malditos papéis rapidamente… já não são deste filme, estão a jogar para os futuros treinadores.

Não gostei nada: Lesão do Pedro Mendes: relembra-nos a adaga sobre a nossa cabeça – estamos nas mãos de dois grandes médios, experientes e… com enorme risco de lesões.

Portanto, arranje-se um ponta-de-lança que marque golos, outro centrocampista com pézinhos e pulmão, um central rápido e, porventura, um guarda-redes experiente e bom. De resto, tudo no caminho certo.

(pedimos desculpa aos comentadores da SIC por termos marcado um golo enquanto os srs. alegremente falavam, há minutos, da campanha europeia do eterno rival no ano passado: “bom, vamos lá ver se este ano é melhor… olhó Sporting… golo!”… que imbecis!)

O meu primeiro XI

Tiago (o Patrício perdeu a pouca credibilidade que tinha… junto dos colegas. E um guarda-redes tem de ser respeitado pelos outros jogadores)
João Pereira (é atacar, atacar, e esperar que não seja preciso defender a sério)
Evaldo (o mais indiscutível do XI… por falta de alternativas)
Carriço (o novo símbolo… esperemos que o estatuto artificializado de líder o ajude a crescer o que ainda precisa)
Nuno André Coelho (dá centímetros à equipa, parece orientar-se bem com a defesa subida, é lento mas parece ser o melhor central com os pés, o que é fundamental para termos alternativas na saída de bola).
Maniche e Mendes (a espinal medula do novo organismo leonino. Sem eles, a carcaça futebolística do Sporting mirra).
Vuk (chapadas: é o que o Vuk traz à equipa, capacidade de dar chapadas no adversário, futebolisticamente – e não só. Se continuar dedicado e integrado no colectivo, é titular de caras. E com golo).
Valdés (alguém ainda tem dúvidas? Esqueçam o Izmailov, este é tão bom ou melhor, tem joelhos, quer andar por cá e já correu muitos quilómetros no futebol a sério).
Matigol (não consigo pôr este gajo no banco: bem sei que, tendo em conta os nossos avançados, é teoricamente incompatível jogar com um nº 10 atrás de um só ponta-de-lança: mas quem me tira o gingar do Matigol, os passes nas costas, as simulações parado, “aquele” movimento de ombros na recepção de bola, tira-me a alegria de viver).
Liedson (outra impossibilidade teórica – sozinho na frente: mas o único avançado do Sporting com golo… prejudica os movimentos colectivos – não sabe ler o jogo – mas metam-lhe a bola na área e sempre concretiza mais que os outros coxos que lá estão).

Resolve tudo à cabeçada…

Tendo em conta a primeira convocatória, parece que Torsi e Tonel ficaram para trás na luta por um lugar ao lado de Carriço, no centro da defesa.
Se, no que toca ao argentino, parece-me normal a opção de deixá-lo ambientar-se, já no que toca a Tonel custa a engolir que, depois do que fez num passado recente, perca o lugar para Polga, em clara curva descendente da carreira.

Sou completamente insuspeito para fazer esta afirmação, até porque acho que o Tonel, pese a entrega à causa leonina e o forte jogo aéreo, não tem condições para ser mais do que um segunda linha de uma equipa como o Sporting (ou, pelo menos, do Sporting que eu desejo) mas, neste momento, Polga também não é garantia alguma de segurança e de mais valia no processo de crescimento de Daniel Carriço. No fundo, é a constatação de que, André Coelho e Torsi não são, para já, aquele central tarimbado e capaz de mandar em toda a defesa e que, perante isso, Paulo Sérgio alarga a sua teoria de que a equipa precisa de jogadores experientes ao último reduto (há zunzuns de que Tiago vai ser titular, na Dinamarca).

O que poderá fazer mais confusão, é o facto de Tonel nem sequer ser convocado ele que, pelo menos olhando para o que nos foi sendo dado a ver, será uma das vozes “mais leoninas” do balneário. Mas, e há sempre um mas, não será esse mais um indício de que entre Tonel e Polga, apenas o primeiro tem mercado que permita ao Sporting encaixar algum dinheiro?

Spoooooooooooooorting!

Queremos títulos. Vamos lutar em todas as frentes para melhorar a imagem do clube e vamos fazer tudo o que pudermos para ganhar o campeonato. A chegada de um jogador como o Maniche foi muito importante para nós, pois é bom ter alguém com a experiência dele numa equipa tão jovem. No ano passado, a falta de experiência fez-nos perder muitos pontos, mas este ano vai ser diferente, com um novo treinador que nos pede para jogarmos um futebol agressivo. Os adeptos vão gostar!“, Pongolle in Top Mercato.

QUERO ESTE GAJO DE VOLTA! JÁ!

EU NÃO COMPRO UMA, NEM DUAS, MAS AS NOSSAS TRÊS CAMISOLAS! E PROMETO IR À BOLA COM AS TRÊS VESTIDAS!
VÁ LÁ, COSTINHA! APANHA UM CABRÃO DE UM AVIÃO E VAI BUSCAR O RAPAZ A SEVILHA!
GANHA MUITO? FODA-SE! HÁ COISAS QUE NÃO TÊM PREÇO!

p.s. – “Se não o contratarem vou algemar-me nu à porta do Alvaláxia”, (o Sousa Cintra virtual)
p.s.2 – Mendes, Maniche, Duscher… que meio-campo para jogar em 4-3-3
p.s.3 – sim, o post foi escrito aos BERROS! pode ser que alguém me escute…

O cântaro e a fonte

Agora que o Drenthe resolveu actualizar o seu Facebook dizendo que vai jogar no Liverpool, cabe-me pedir-vos desculpa por ter-vos aumentado a expectativa relativamente à chegada do holandês.
Não, o negócio que envolvia o Miguel Veloso não saiu da minha cabeça. Efectivamente, existiu, acabando por fracassar porque não temos dinheiro para fazê-lo pensar que a Liga portuguesa vale a pena. O meu erro foi acreditar completamente na informação que me foi passada, segundo a qual a “troca” estaria terminada no prazo de dois ou três dias, pese todos os “ses” associados a uma negociação deste género.

Basicamente, na segunda vez que fui à fonte (a primeira foi a antecipação da chegada do Matías, que se confirmou), parti a asa, acabando por fazer figura de pasquim diário ou de presidente do Génova que, hoje, deve estar no aeroporto à espera do Miguel. E, como está longe de ser política do Cacifo encher a casa de fumo sem que haja fogo, fica o meu pedido de desculpa.

p.s. – se querem que vos diga, estava tão sedento de uma pré-época à Sporting que até fico feliz pelo facto do Miguel ainda estar no plantel. E torná-lo num dos capitães parece-me opção acertada, para fazê-lo crescer como homem e como jogador.

Trivela-peixinho

Este fim-de-semana, em Nova Iorque, assistimos a um lance de golo de alto calibre estético, técnico e esotérico. Passe de trivela, finalização de peixinho. Bonito e eficaz. Auguro novos momentos de intensa magia para a época que agora se inicia. E conexões igualmente hipnóticas:

– letra-bicicleta
– calcanhar-bico
– três dedos-moinho
– cueca-cabrito
– joelho-escorpião
– foquinha-tomahawk

As combinações são infinitas, como infinita é a nossa fé.

Os artistas vestem de verde-e-branco.