Mês: Dezembro 2011
Paulinhos 2011
Momento do ano: a reviravolta em Paços de Ferreira vs a contratação de um treinador a sério. O juri resolveu atribuir um Paulinho a ambos.
Jogador do ano: Rui Patrício
Revelação do ano: Ínsua
Promessa do ano: Carrillo, João Mário e Betinho
Prémio Eu Conseguir Substituir o Liedson: Wolfswinkel
Prémio Empatia com os Adeptos: Capel
Prémio Liderança: Onyewu e Schaars
Prémio Joga Bonito: Carrillo
Prémio Mudança: para o trabalho que foi feito na selecção do perfil extra-futebol dos jogadores (bem expresso nas entrevistas que vão dando)
O miolo
Por muito estaladiça que esteja a côdea, um pão revela toda a sua qualidade quando chegamos ao miolo. Ora, parece-me, uma equipa de futebol assemelha-se a um pão. Por melhores que sejam as côdeas, leia-se as alas, será complicado chegar onde quer que seja se o miolo não tiver qualidade.
Quando arrancámos para esta época, amassámos o centro com os seguintes ingredientes: Rinaudo, André Santos, André Martins, Schaars, Elias, Matías Fernandez, Izmailov e Luís Aguiar. E se este último nunca chegou a ser opção, o passar do tempo retirou-nos Izma e Rinaudo, depois Matías, deixando-nos reduzidos a quatro jogadores para três posições e obrigando à utilização de Carriço como médio defensivo.
Vem isto a propósito do regresso de Renato Neto, depois de um efectivo crescimento na primeira divisão belga. A medida parece-me de todo acertada, e dá-nos uma opção válida para desempenhar um dos vértices ofensivos do triângulo de meio-campo oferecendo-nos, ainda, um inegável poderio físico. Mas, parece-me, e a ideia reforça-se agora que Carriço se lesionou, dava jeito termos mais opções para a posição seis, pese a forma decidida como André Santos entrou frente ao Marítimo e a possibilidade do próprio Renato Neto jogar mais recuado. Claro que ainda temos João Mário, que parece demasiado amadurecido para a idade, mas não será demasiado cedo para lançá-lo?
Assim sendo, sinto que temos uma côdea estaladiça (embora parta demasiadas vezes para o meu gosto ali no canto do João Pereira), que poderá ficar ainda mais saborosa com o regresso de Jeffren e Izma, sinto que temos um miolo ao nível dos melhor dos últimos 15 anos, mas também sinto que estamos a responder às solicitações dos clientes com um dos ingredientes sempre em risco de acabar. Se fosse às compras, trazia uma embalagem de reserva.
p.s. – para mim, não faz sentido nenhum o Renato Neto utilizar a camisola 31…
Siga o bailinho
É resolver a eliminatória em casa, para ir descansado à Madeira.
actualização: é inacreditável o panasca do Caixinha vir dizer que espera um jogo em que «o árbitro seja apenas mero condutor». Isto vindo do gajo que treina um clube de merda, que vive para chupar a pila do padrinho, só merece uma resposta a sério dentro de campo.
Alguém sabe dizer-me…
… por quanto é que foi vendido o Torsiglieri? E, já agora, se não fazia sentido ter confirmado as reais capacidades do rapaz, dando-lhe oportunidade de regressar?
A melhor prenda de sempre
A minha mulher que, vá lá saber-se porquê, diz-se benfiquista, foi a Alvalade e fez a nossa filha sócia do Sporting.
Ver aquela cara de boneca no novo cartão foi, sem margem para dúvidas, a melhor prenda de sempre.
Obrigado, amor.
SPOOOOOOOOOORTING!
Jingle Lion
Azias e azevias
Se a exibição de ontem fosse um frito de Natal, seria uma azevia. Não uma azevia perfeita, com a massa a desfazer-se na boca, mas uma azevia de respeito e com personalidade, onde os rebordos menos macios se esquecem quando chegamos ao recheio.
E se Patrício voltou a dizer presente, se Insua continua a revelar-se um verdadeiro achado, se Capel reclama o título de rei das assistências, se André Santos apareceu transfigurado, se André Martins e Schaars foram pendulares, se Arias voltou a reclamar mais tempo de jogo, se Wolfs mostrou ser mesmo feito de gelo, não posso deixar de destacar o ingrediente Carrillo. Com tanto, ainda, para percorrer na estrada do crescimento futebolísticos, é um jogador único neste plantel, daqueles que justificam o preço de um bilhete. Com os pés ou com a cabeça (este golo não é novidade, após vários ameaços do género), o puto é craque. E, para o bem e para o mal, o lado direito do meio-campo ofensivo tem que ser dele (pelo menos até alguém justificar o contrário).
Vitória inquestionável, frente a um adversário complicado, e o avançar para uma pausa natalícia com o sentimento de que estamos cada vez mais perto de voltar a saborear títulos. É pouco? Talvez. Mas para quem vinha tendo ceias de Natal compostas por um caldo verde mal amanhado, é quase como uma mesa farta em iguarias.
p.s. – o açúcar na azevia foi dado, em quantidade perfeita, pela azia insular. Então andaram a servir de rena panilas ao sabor dos interesses de lampiões e tripeiros e, agora que foram enrabados de forma tão limpa que nem vaselina foi necessária, resolvem dizer que vos dói o cu? Feliz Natal, pá! Feliz Natal!
O Bloco de Notas do Gabriel Alves – Taça de Portugal, quartos-de-final
É um estádio bonito, novo… arejado
Sporting – Marítimo
22 de Dezembro 2011
21h00, Estádio José Alvalade
Uma humidade relativa, muito superior a 100%
Para o campeonato, Alvalade viveu um grande ambiente, com enorme apoio à equipa. Hoje, esse apoio deve ser ainda maior, numa noite onde o cachecol é fundamental para aquecer as gargantas.
A selecção do Mali tem um futebol com perfume selvagem e com um odor realmente fresco…
O Marítimo chega a este jogo depois de eliminar o Benfica e rotulado de equipa sensação. É certinho que, mais logo, vão jogar fechados, com dois ou três gajos rápidos na frente, à semelhança do que fizeram no jogo para o campeonato.
Este homem é um Mister
Pedro Martins anunciou que «vamos estar muito melhor do que estivemos no Dragão». A explicação? O regresso dos três jogadores que tinham sido expulsos ou amarelados contra o Benfica e que não puderam jogar contra o Porto. No fundo, o Marítimo foi um boneco no meio dos interesses deste futebol de merda. Mas está feliz porque fez descansar titulares.
Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva
Baba é figura maior da equipa insular, que apresenta um meio-campo com três brasileiros perigosos nos remates de fora da área..
A vantagem de ter duas pernas!
A dupla Roverge & Robson vai ter que sentir a diferença entre Postiga e Wolfswinkel!
E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha
Domingos, recuperando o jogo contra o Marítimo, para a Liga, em que perdemos 2-3, há muito para dizer:
– é uma merda não termos Elias. Aliás, aquela expulsão deixou-me apoplético! Mas, por outro lado, não vamos jogar com Postiga e com Djaló
– com toda a certeza os meninos do Alberto João vão voltar a jogar bem fechados e com biqueiro directo para o pessoal da frente. É ter atenção a isso
– relembrando os três golos que sofremos, um nasceu de uma idiotice, os outros dois de dois cantos. Aliás, nesse jogo foi um martírio de cada vez que havia um cruzamento para a área, valendo Patrício para minorar os estragos. A grande diferença é que, hoje, há Ogushi Oniewu!
– esse foi, também, um dos jogos onde fomos prejudicados, com um golo mal anulado ao Evaldo (hoje há Insua), um penalti por marcar sobre o Schaars e um segundo amarelo por mostrar a um dos médios do Marítimo quando já jogávamos com dez por lesão do Jeffren.
– até por isso, e pelo arranjinho que foi feito para diminuir o Marítimo frente a Benfica e Porto (fortalecendo-o para hoje), uma vitória mais logo será, também, uma vitória contra a merda do nosso futebol
Vamos jogar no Totobola
Sporting – Marítimo 1
Prioridades
É sempre agradável saber que, de uma assentada, Marat Izmailov, Matías Fernández e Jeffren trabalharam com o restante plantel, sem limitações. Ainda mais agradável, é imaginá-los sem novos problemas físicos até final da temporada, reforçando uma equipa que contará, ainda, com Rinaudo.
Ora, neste cenário pintado a verde perfeito, poucas dúvidas residiriam sobre a prioridade nesta reabertura de mercado: reforçar o centro da defesa.
Resta saber se haverá dinheiro para um qualquer Dedé ou engenho para descobrir um novo Insua.