Marius Niculae la la la la la

Pouco me importa se foi uma jogada para aquecer o coração dos adeptos, sei que vi regressar um jogador com lugar no meu. Que me recorda uma vitória sobre o porto, com um grande golo, à luz do dia, no velhinho Alvalade; que me recorda uma frente de ataque inacreditável com Jardel e João Pinto e Quaresma; que me recorda aquela noite memorável, no vira vira sobre o Newcastle. Um jogador que sempre respeitou o meu clube e que verei com orgulho pendurar as botas de Leão ao peito.

Agora… agora não sei se posso continuar feliz, por mais pequena e ilusória que seja essa felicidade. Decidam-se lá, de uma vez por todas, se o Niculae pode ou não jogar esta época, foda-se!

 

Actualização (16h26): O diretor de competições da Federação Romena, Dumitru Mihalache, garante que a época de futebol no país segue as indicações da FIFA: “só começa com o primeiro jogo do campeonato, o que torna a Supertaça um jogo da temporada anterior”. “Seguimos as regras da FIFA sobre as transferências de jogadores e portanto temos esta interpretação: a temporada é o período que vai do primeiro jogo do campeonato ao último jogo do campeonato. Por isso nesta situação não podemos incluir a Taça da Roménia e a Supertaça”, esclareceu ao Maisfutebol. E prosseguiu: “Analisando a situação, a Supertaça é um jogo da época anterior, apesar de ter sido jogada a 14 de julho”. Assim, se esta também for a interpretação da FIFA, o Sporting poderá inscrever e utilizar Niculae (in Record)
Alguém tem o número de telefone do Platini (ou dos amigos dele, do Qatar)?

Quem é Paulo Henrique?

Não faço ideia. Mas agrada-me o facto de ter-se procurado um jogador já adaptado à Europa e, parece-me, com características diferentes das de Wolfswinkel (isto na perspectiva de estarmos a reforçar a frente de ataque, e não a compensar a saída do holandês). Gosto da pinta a la Júlio Baptista e se vier por empréstimo, melhor, não vá dar-se o caso de ser outro Ribas.

VOETBAL-PLAY-OFSS-HEERENVEEN vs NAC

p.s. – gostei de ouvir o agente do Marcelo Boeck, confrontado com o interesse do Sevilha, dizer que o Sporting não quer deixá-lo sair.

Um discurso… à Sporting

«Sabemos que somos superiores. Não vamos ser irónicos ou politicamente corretos em relação a isso. Dificilmente iremos perder este jogo, mas temos de nos motivar de outra forma, criando, através da equipa técnica, objetivos próprios que vamos ter de cumprir para manter um ritmo de jogo apelativo».

As palavras pertencem a João Benedito (quem mais poderia ser?, apetece perguntar) e antecederam a recepção ao Piratas de Creixomil. Mais do que o resultado final desse jogo (11-3), fica um discurso que se perdeu no que toca ao nosso futebol profissional. E, o pior, é que a principal razão para isso acontecer nem se prende com o enorme crescimento dos adversários que, hoje, chegam a Alvalade como se esse fosse o reduto ideal para conquistar pontos. Nós é que nos temos tornado num grande… cada vez mais encolhido.

Irritações

Irrita-me ter feito um bom jogo, ter pressionado, ter recuperado bolas, ter criado jogadas em ambos os corredores, ter, enfim, visto algum futebol em Alvalade, e não ter ganho.
Irrita-me ter menos quatro pontos à custa de uma equipa como o Guimarães. E constatar que essa equipa sonha com a Europa, só reforça a pobreza de época que estamos a fazer e a ideia de que o nível deste campeonato anda mesmo muito por baixo.
Irrita-me termos tido pouco sangue frio depois de termos chegado ao empate.
Irrita-me termos contratado o Khalid para despachar o Ogushi.
Irrita-me que aquele enorme pontapé do Carrillo tenha terminado na trave. E, mais ainda, irrita-me ouvir assobios para o peruano, vindos de pessoas incapazes de perceberem que, nos 40 jogadores que compõem a equipa principal e a equipa B, não há outro capaz de fazer o que ele fez nessa jogada.
Irrita-me que o Wolfswinkel tenha falhado a aquela cabeçada, a fechar. E que, aos olhos de muita gente, cada falha dele, valha dez vezes mais do que qualquer golo que marque. Pode ser que, até quinta-feira, se faça uma festa com a sua saída, porque metemos uns tostões ao bolso e porque o que há mais por aí são avançados capazes de marcar uns 20 golos no que resta da época (já agora, irrita-me ter ouvido o Jesualdo dar a entender que o jogador não estará 100% focado em ficar. Então, caro Jesualdo, e será o Sporting capaz de dar a entender aos seus jogadores que quer mesmo ficar com eles, ao invés de andar a tentar negociá-los com qualquer um que se chegue à frente?)

Doppietta!

blogdoano

Já está. Segunda edição dos blogues do ano, segunda vitória sem espinhas.
Um enorme obrigado a todos os Leões que, diariamente, ajudam a dar sentido à expressão «o Cacifo é do caralho!». A vitória também é vossa, obviamente.
Um aplauso aos organizadores da iniciativa, o Aventar, que isto de compilar dezenas de blogues não deve ser simples. Era escusado era terem criado uma categoria chamada “desporto”, para um qualquer outro blogue de futebol ter hipótese de ganhar um prémio de consolação.

p.s. – que isto sirva de inspiração para mais logo!

Financeiro vs desportivo

É assim que vivemos actualmente, sendo Ínsua um bom exemplo.
De acordo com o CM, «o Atl. de Madrid aceitou, ainda, assumir uma dívida de 800 mil euros que o Sporting tinha com Insúa, relativa a direitos de imagem. Além disso, os ‘colchoneros’ aceitaram pagar 400 mil euros a Emiliano Insúa (empresário e irmão do futebolista) por intermediação no negócio que levou o esquerdino do Liverpool para o Sporting. No total, a percentagem que o Sporting detinha (35%) de Insúa foi avaliada em 4,2 milhões de euros. O passe está ainda repartido por Liverpool (32%), jogador (18%) e Sporting Fund, gerido pelo BESI (15%)». E, ao que se diz, o Sporting poderá, ainda, vir a receber 35% de uma futura transferência.

É menos chocante, sem dúvida, uma espécie de lavar de mãos que até deve ter valido conversa sobre Elias e, quem sabe, “Póngólé”. Mas, por outro lado, perdemos o melhor jogador para uma posição em que temos andando constantemente à deriva. Mais, perdemos alma. Alma que Ínsua transmitia aos adeptos, que transmitia aos companheiros de balneário. Alma que cuja falta tanto nos temos queixado (depois admiram-se da ligação que Capel tem à bancada). Alma que dá vitórias e, ou esteja eu muito enganado, vitórias que permitem vender os medianos ao preço dos melhores (ou bater o pé, no caso destes últimos).
Depois de duas presidências ruinosas e a cinco dias do fecho de um mercado que parece um filme de terror, é para isto que caminhamos: um Sporting sem alma, refém de fundos e, cada vez mais, com um plantel… zinho.

p.s. – a ser verdade, a notícia foca um ponto tantas vezes aqui questionado: os dinheiros atrasados. Só à família Ínsua, devia-se mais de um milhão. Quem votou em Godinho, deve ter a latejar na cabeça frases como «Há vendas em função do projeto e não em função das necessidades – e esta é a grande diferença. Vender a qualquer preço só para permitir que se paguem salários não!»

p.s.2 – seria demasiado fácil eu abordar a temática «a equipa precisa é de estabilidade», não seria?

p.s.3 – hoje é o último dia para ajudarem a conquistar o título. cliquem AQUI e votem no Cacifo para melhor blogue de Futebol do ano