O Bloco de Notas do Gabriel Alves – liga 12/13, jornada 26

É um estádio bonito, novo, arejado
Benfica – Sporting
20h15
Estádio da Luz

Uma humidade relativa, muito superior a 100%
Noite com temperatura perfeita para jogar à bola, num dos jogos mais importantes do ano. Espera-se estádio cheio, com cerca de 3 mil Leões nas bancadas. E um fiscal de linha completamente condicionado (foi bonito, a forma como Record e Bola passaram o recadinho nas respectivas capas).

A selecção do Mali tem um futebol com um perfume selvagem e com um odor realmente fresco…
O Benfica joga a defesa do primeiro lugar, apresentando-se naquela que é a sua melhor fase desta época. Moralizado pelas vitórias dentro e fora de portas, sabe que este é um dos maiores e mais arriscados desafios que terá até final do campeonato. Olhando para a classificação os encarnados são favoritos, mas todos sabemos que, num dérbi, o favoritismo é algo muito relativo.

Este homem é um Mister!
É irritante saber que Jesus é Sportinguista, dadas as suas qualidades enquanto treinador. O que conseguiu fazer esta época, depois de perder Witsel e Javi Garcia, é digno de registo. Mas pode ser que seja uma daquelas noites em que ele resolve fazer uma qualquer invenção, que acaba por correr mal (já agora, os constantes bluff’s com a condição física dos jogadores chegam a tornar-se ridículos).

Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva.
Quem diria que Matic se tornaria no motor do Benfica? Cardozo, Lima e Rodrigo são, cada um à sua maneira, avançados complicados.

A vantagem de ter duas pernas!
Ao olhar para Melgarejo e para Luisinho, percebe-se o porquê do Benfica tanto ter tentado Rojo para o lado esquerdo da defesa. Os dois, juntos, não chegam aos pés do Balajic!

E agora entram as danças sevilhanas da catalunha
Jesualdo, se o estilo descontraído com que te apresentaste, ontem, na conferência de imprensa, for igual ao da equipa, é bom sinal. Mais logo, quando soar o apito inicial, é bom que estejamos preparados para responder à pressão que deve ser feita durante os primeiros minutos. E teria sido um bom exercício olhar com atenção para o que o Newcastle fez na Luz: pressão sobre Matic, impedindo-o de começar a pensar o jogo da equipa, e bolas colocadas entre os laterais e os centrais, talvez o maior problema do Benfica (que já dura há algumas épocas). Quanto ao resto, parece-me que resumiste bem: «existe, da nossa parte, uma grande ambição de estar num derby, de não serem os partenaires, mas os protagonistas […] este é um momento de desfrutar. Não há dores de cabeça, não há problemas sociais, por isso só temos de correr e jogar […] No comprometimento e na vontade de ganhar ninguém nos vai bater». Se assim for, estaremos bem mais perto de conseguir o que desejamos!

Vamos jogar no totobola
Benfica – Sporting     1 x 2

p.s. – perguntaram-me quanto achava que o jogo ia ficar. Tenho andado com uma vitória, 2-1, na cabeça, podendo resvalar para o 2-2. E acho que o Capel (não, não é o Capela) vai ser um dos protagonistas do jogo.