Singularidades de uma Rapariga Sportinguista: «Deixem-me sonhar por vocês»

Ganhámos contra o braga. Aquele que no ano passado insistia em dizer que era o TERCEIRO grande (vejam só a modéstia), e que este ano pelo menos já “só” se inclui nos quatro grandes de Portugal. Ganhámos contra o braga. Aqueles lampiões lá do norte com uma história engraçada, aquela do quase. Ganhámos contra o braga. Contra um braga com menos um durante uma hora, mas isso são pormenores. Ganhámos contra o braga.

Havia quem me dissesse que tinha mais medo desta jornada que a do dragão. Que era mais importante para a nossa motivação e para os nossos objectivos. Pois bem, eu não. Não dou assim tanta importância a estes palerminhas que para mim só significam 3 pontos. Quanto ao dragão? O dragão para mim é diferente. É a possibilidade de sairmos do armário como candidatos ao titulo. Andamos aqui a fingir que não o somos, que só andamos a pastar pontos mas que o nosso objectivo é apenas ir a qualquer uma das competições europeias. Eu sonho. Ou como diria o Martin Luther King “I have a dream”. E os sonhos ninguém mos tira. Eu sonho com o sermos campeões.

Não, não estou já a fazer a festa antes do tempo. Nunca serei aquela sportinguista que num empate começa a assobiar, como eu bem vi alguns nojentos fazerem no ultimo jogo em casa. Aliás, digo já que na minha opinião que para isso fiquem em casa, seus sportinguistas de merda, que o Sporting merece mais do que isso. Não ficarei triste se não formos os vencedores na ultima jornada. Não pedirei a demissão do Bruno, do Leonardo, nem quererei vender os nossos putos só porque estou chateada. Digo até, que os sonhos não nos tiram a noção da realidade. Apenas nos dão mais esperança, e felicidade. Mesmo que seja uma ilusão, às vezes é preferível isso. Ser feliz durante muito tempo, e depois no fim sairei apenas conformada com uma boa época, em que fiquei William-de-Carvalho-dependente, que se revelou o Adrien, que vi o Cedric marcar um golão, que vi o Wilson Eduardo a jogar e a marcar com arte. No fim, não me irei esquecer disto.

Obrigada miúdos, por estas jornadas, continuem assim e tragam-nos mais alegrias. Mantenham os pés na terra, e deixem-me sonhar por vocês. Cá estarei ao vosso lado no fim, tal como estive no principio, e irei continuar a estar durante. Mas suem. Soar por nós é o único que vos peço. Façam o vosso melhor, dêem tudo o que têm em campo. Nós daremos tudo nas bancadas!