Do hebraico “Deus está connosco”. Manuel(a) gosta de viver em sociedade, de comunicar com os outros, cultivar amizades. Alegre e optimista, de sorriso encantador, o seu sucesso no amor é certo, mas não no casamento pois, apesar de ter horror à solidão, a sua infidelidade compulsiva compromete qualquer união. Enfim, um cafageste salafrário, esse Manoel.
Apesar de não haver registos fotográficos, conta-se que Manoel chegou ao aeroporto de Lisboa sem camisa, em tronco nu. Segundo o próprio, estava um calor danado no Rio de Janeiro… embora bizarra, esta situação foi fortemente atenuada por decorrer o ano de 1975, o ano do Verão quente português. Manoel não quis saber da reforma agrária e muito menos do MFA, Manoel da Silva Costa, homem simples, queria marcar golos, beber umas cervejinhas e transar com umas minina.
Num estilo tosco, mais em força do que em jeito, jogou no Sporting durante 5 temporadas, venceu um campeonato e uma taça de Portugal, marcou 56 golos em 148 jogos. Foi colega de equipa de nomes como Inácio, Laranjeira, Manuel Fernandes, Jordão.
A primeira vez que o vi, marcou 3 golos ao Benfica num jogo da Taça de Portugal, fantástico.
A última vez que o encontrei, estava atrás do balcão e serviu-me uma imperial, foi na discoteca Kremlin, propriedade dos irmãos Rocha, filhos do presidente que o contratou.Tinha, então, terminado a sua decadente carreira futebolística na Sociedade Recreativa Almancilense.
É caso para dizer, Sporting, Saudade & Solidariedade.
Farás para sempre parte do meu imaginário, grande Manoel. Como diz o teu nome, que Deus esteja contigo.