Ainda ontem defendi que, por uma questão de lógica e de justiça para com os restantes elementos do plantel, João Pereira devia reflectir sobre a muita merda que tem feito, vendo o próximo jogo do banco. Ao olhar para a convocatória, vejo Arias e Pereirinha de fora o que, parece-me, implica que João Pereira venha a ser titular frente ao Moreirense. Estou totalmente em desacordo, tal como discordo da ausência de Rubio nessa mesma convocatória. E, a confirmar-se a titularidade de Ribas, começo a não perceber a compra de Bojinov. Se o treinador acha que ele rende mais nas alas, onde as opções são várias e melhores, se o treinador se mostra pouco interessado em ter um plano de jogo que inclua dois avançados, então que raio está o búlgaro a fazer no plantel?!?
Para equilibrar a balança, Domingos teve, hoje, uma excelente prestação na conferência de imprensa que antecipou o jogo de amanhã, onde nem perdeu a ocasião para afrontar as duvidosas declarações do Godinho (estas, sim, e depois da rábula dos imagens, ficaram aquém do exigido) e onde só faltou perguntar ao Luís Duque se ele acha mesmo que o Sporting não é um clube grande ou se o disparate que disse resultou de ainda estar a arrotar o jantar, numa combinação sonora que lhe toldou o pensamento (até me admiro como é que tamanha barbaridade não ganhou outras proporções na nossa bela imprensa desportiva).
Não vou estar a transcrever tudo, que, quem quiser, pode espreitar aqui e aqui, mas destacaria dois momentos:
– primeiro, a história: «No final do último jogo, houve dois jogadores do Sp. Braga que no acesso aos balneários me disseram: toma! Sabem qual foi a minha reacção? Positiva! A minha reacção, se calhar, na mentalidade de outras pessoas, seria: Hugo Viana, no Valencia não jogava, fui busca-lo, consegui levantar-lhe a carreira e hoje é um jogador diferente. Fogo, faz-me isto!… O Mossoró, era suplente utilizado com o Jesus, comigo fez um grande campeonato, teve uma grave lesão, fui visitá-lo ao hospital…, que ingratidão! Mas eu não penso assim. Penso que formei dois campeões e que aquilo é a minha imagem. E sabem o que quero? De hoje para amanhã quero ouvir o mesmo do Onyewu, do Van Wolfswinkel, quando eles estiverem adaptados a este campeonato, mas para melhor ainda, porque é assim que trabalho. Não fico chateado porque é esse tipo de jogador que quero, é isso que procuro no Sporting».
– depois, uma espécie de resposta ao reaparecimento de Costinha, em versão abutre. «[…] Dá-me a sensação que muita gente que por aqui passou fala de forma ressabiada e quem por aqui queria passar fala de forma injustiçada […] Estou aqui há seis meses mas quando sair do Sporting não vou dizer mal, tal como não disse em Leiria, Coimbra e Braga. Para este clube ser diferente temos de mudar muita coisa, para sermos grandes temos de mudar muita coisa, porque eu quero ganhar e quero dar alegrias aos adeptos»
Aliás, esta é uma carapuça que assenta que nem uma luva às centenas que se assumem como grandes Sportinguistas. Recordo-me de uma entrevista do Costinha, onde o gajo defendia que um dos maiores problemas do Sporting era o facto de haver tanta gente a opinar e sempre pronta a criticar de forma pouco construtiva. Ora, o que este palerma deste ministro (porra, acho que nunca uma alcunha foi tão bem dada) veio, ontem, fazer, foi precisamente contribuir para esse ambiente que, segundo ele, só serve para impedir o clube de ser cada vez maior.
Para ele, para os fadistas e demais artistas, quero mais é que vão lamber um enorme servette de duas bolas. Uma verde e outra branca. Para ninguém colocar em causa o seu sportinguismo.