Foram vários os Sportinguistas que repararam que, sábado à noite, algo de estranho se passava com Maurício. A explicação surge três dias depois: o traumatismo contraído na região lombar, não foi totalmente debelado até à hora do jogo e foi o central a fazer questão de entrar em campo e ajudar a conquistar mais uma vitória.
Departamento médico
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Jefferson: entorse no joelho direito, será reavaliado nas próximas horas.
12 milhões
É a bombinha do dia, chutada para um canto da capa da Bola. Ao longo do reinado do pequeno Godo, pagaram-se 12 milhões em comissões!!!
Claro que foi necessário convidar a sair o médico que não queria dar o sim à contratação de Rodriguez e de Luís Aguiar, entre outros, porque o importante era fazer bons negócios, mas o que são 12 milhões para quem tinha uma bomba de gasolina que valia 18?
Cada um acredita no que quiser
Mas, para lá de tudo isso, isto parece-me respeito pelos sócios. Quantas situação debatemos nós, aqui e noutros lados, defendendo ser fundamental ouvir uma posição oficial do clube? E o pior, meus caros, é que isto só reforça a teoria de que deixámos sair o russo por razões monetárias e que a melhor solução que encontrámos foi… oferecê-lo aos corruptos.
«Desde que entrei no futebol profissional e assumi a direção clínica do Sporting sempre mantive discrição e recato. Acima de tudo pela dignidade dos atletas e pelos atletas que represento. O quadro clínico não deve ser exposto na comunicação social. Para toda a regra existe exceção. Perante notícias erradas tem de se dizer», começou: «Izmailov estava parado há um ano e meio e foi acordado que iria ser operado ao joelho direito nos EUA. Dissemos a atleta e empresário que seria erro e que devia ser operado única e exclusivamente pelo Sporting. Em outubro de 2011 foi operado aos dois joelhos. Jogou com regularidade e após quatro anos foi convocado pela seleção russa, onde realizou exames médicos», prossegue.
Depois, a situação da primeira metade da temporada. «Nesta época, voltou a estar indisponível. De 21 de julho a 20 de agosto de 2012 queixou-se de lomblagia. De 9 novembro a 8 dezembro esteve parado, devido a uma lesão no ligamento lateral interno com evidência nos exames complementares. De 13 de dezembro a 5 janeiro queixou-se de nova lombalgia, com exames feitos. Esteve dois meses parado por queixas de lombalgia.» Quando tenho um jogador que apresenta dor, a dor é um parâmetro subjetivo. Ao ter dor, temos de investigar. Fizemos exames complementares, veio sem alteração. O jogador ia para treino, mas por ter dores abandonava o treino», explica.
Frederico Varandas diz que, do seu ponto de vista, o russo é um jogador apto: «Abandonou o Sporting a 8 de janeiro de 2013. Também passou exames no FC Porto e jogou pelo FC Porto. «Estas são as ocorrências objetivas. O que posso dizer é que quando ele sai do Sporting tenho 100 por cento de certeza que está disponível para jogar futebol.» (in Maisfutebol)
Diz que o Pereirinha está pronto para a guerra! (e isto interessa-me mais do que novelas de argumento duvidoso)
Entrevista ao Dr. Varandas, publicada pelo jornal O Jogo (a bold alguns pormenores que considero interessantes)
«Tem cara de puto e é de uma autoconfiança extrema, tendo assumido sem receios a direção clínica do Sporting, apesar da tenra idade e das acusações de cunha. Frederico Varandas andou pela Juve Leo, mas agora é médico e militar de carreira. Em 2008, no AFEGANISTÃO, viu a morte à sua frente e andou a tratar ferimentos de tiros. O capitão garante que este balneário do leão é difícil de vergar…
Frederico Varandas sucedeu a Gomes Pereira, em Agosto último, como diretor clínico do Sporting. O médico fisiatra, de apenas 32 anos, chegara ao clube apenas um mês antes, escolhido pelo próprio Gomes Pereira para se integrar na estrutura. Sportinguista ferrenho desde que se conhece como gente, teve uma primeira experiência no futebol no Vitória de Setúbal, entre 2007 e 2011. Foi nesse período que teve de fazer as malas e mudar-se durante seis meses para o Afeganistão. Frederico é oficial de carreira do Exército e esteve em missão da NATO naquele país asiático. Aos pais, antes de partir, contou que ia trabalhar para um hospital de Cabul, mas na verdade o médico militar foi para a zona de conflito e esteve perto de perder a vida numa emboscada dos talibãs. “Há coisas que não posso contar muito em pormenor”, avisa de entrada o jovem médico, que mantém ar de miúdo e é surfista nos tempos livres.
Ser diretor clínico do Sporting depois de ter estado no Afeganistão, debaixo do fogo dos talibãs, deve ser um luxo…
A experiência no Afeganistão foi a mais marcante da minha vida. Como costumo dizer, voltando a casa é uma experiência fantástica. Podia ter corrido mal, felizmente correu bem. Mas nunca mais se vê a vida da mesma maneira, quando achamos que tudo vai acabar.
Pode recordar a noite da emboscada?
Era noite cerrada, estávamos num vale. Um médico ou um enfermeiro acompanhava sempre as patrulhas, e sofremos um ataque dos talibãs. Estivemos debaixo de fogo intenso durante 35 minutos. Graças à competência dos comandos, regressámos com feridos, mas todos vivos. Conseguimos ripostar e anular o inimigo.
Também entrou na troca de tiros e granadas?
Estava armado, mas não tive de disparar. Tivemos um ferido com um tiro na perna, outro atingido no braço, e tratei-os. Ainda hoje nos encontramos todos os anos em junho, no dia da emboscada. Foi o dia em que grande parte de nós se despediu da vida.
O que pensou e sentiu durante a emboscada?
Senti uma descarga de adrenalina forte. Ao mesmo tempo que tinha um bocadinho de medo, fiquei estupidamente tranquilo. Considero-me uma pessoa de sorte e, antes de ir para o Afeganistão, nunca duvidei que iria regressar. Mas quando me vi naquela situação, pensei: ‘Tu queres ver que eu vou ficar aqui? Com 28 anos?’ Lembro-me de pôr o capacete, carregar a G3 e pensar: ‘Vou fazer o meu trabalho e o que acontecer, acontecerá.’
A que se agarrou naquela altura? À religião?
Não. Agarrei-me aos meus sentidos, à visão, por exemplo, para ver onde eles estavam.
De que forma a experiência no Afeganistão contribuiu para o seu dia a dia?
Aprendi a conhecer os meus próprios limites, a passar dificuldades e a viver momentos difíceis. Em Cabul, foi mau; quando cheguei a Kandahar, foi ainda pior. Estivemos 42 dias isolados, no deserto, a ração de combate, sem água. Agora odeio pieguices, odeio atletas piegas, tento-lhes sempre incutir essa minha experiência da tropa: de que têm de se aguentar, mesmo havendo dor e desconforto, de que têm de ter capacidade de sacrifício.
Há algum jogador que deveria ter ido à tropa?
Existem verdadeiros leões dentro do balneário do Sporting, há muitos que iriam garantidamente comigo para o Afeganistão. Aliás, digo que este balneário do Sporting é difícil de vergar, é fortíssimo.
Balotelli, do Manchester City, seria um bom reforço para a sua brigada de comandos?
Levava mais depressa Pereirinha do que Balotelli para o Afeganistão. Se ele conseguiu parar Balotelli, que tem aquele corpo…
Pereirinha é mais corajoso?
Claro, ficou com uma luxação no ombro e continuou a jogar. E parou Balotelli…
Queria saber do seu Sporting quando estava no Afeganistão?
Sim, o Sporting fez desde sempre parte de mim. Aos 3 anos, já era atleta do clube, fiz ginástica desportiva até aos 13 anos. Sinto orgulho e responsabilidade por estar neste cargo, representa muito para mim. Ainda hoje me arrepio, numa receção como a que tivemos no aeroporto, quando viemos da Ucrânia, porque sei o que é estar do lado de lá; entre os 10 e os 17 anos pertenci à Juve Leo.
Mas voltando ao Afeganistão…
Houve um episódio curioso, no dia da final da Taça de Portugal de 2008, que o Sporting venceu frente ao FC Porto. Estávamos em Kandahar, e as informações secretas diziam que podíamos sofrer um ataque. Eu fui falar com os oficiais de transmissão, saber se era possível ouvir o relato, e disseram-me que não. Não havia internet, estávamos completamente isolados. Fiquei muito triste. Eu tinha levado um rádio pequenino do meu avô, com uma antena, que apanhava ondas curtas. Então lembrei-me de o ir buscar à minha mochila e, a mexer devagarinho, apanhei a Antena 1. Estávamos em regime de silêncio, era noite cerrada, todos os sportinguistas vieram para o pé de mim e por duas vezes foi quebrado o regime de silêncio, com os golos de Tiuí. Pela primeira vez, talibãs e afegãos sentiram o rugido do leão [risos].
Parece ter dificuldade em controlar-se emocionalmente durante os jogos…
Não [risos]. É um sofrimento controlado. Ser sportinguista não pode ser argumento para entrar no clube; é preciso, acima de tudo, ser competente. Mas sentir o clube é uma mais-valia. O meu objetivo final é sempre que o Sporting ganhe e a minha obrigação é ter os atletas disponíveis. Não posso ficar feliz com um departamento médico vazio, mas com zero de títulos.
Como é a sua relação com os jogadores?
Respeitam-me, sabem que comigo não há facilidades. Para se poder ser um bom médico, tem de haver uma relação pessoal forte com o paciente, sempre mantendo as distâncias.
Agora, a frio
Domingos
Culpado ou inocente? Um misto. Domingos tem a responsabilidade que nunca quis admitir: não foi capaz de colocar o Sporting a jogar o futebol que se pedia. Teve uma boa fase, é verdade, que não se sabe até onde duraria caso Rinaudo não se lesionasse, mas a verdade é que quando os problemas aumentaram não foi capaz de dar resposta adequada, perdendo-se em experiências disparatadas e assumindo-se prisioneiro de um único sistema de jogo. Não pode dizer que não teve recursos, pois o não lhe falta matéria prima para trabalhar. A seu favor, jogam as lesões (embora também seja grave que se confirme o historial de lesões que o tinha perseguido em Braga), bem como o arranque condicionado pelas arbitragens e pela obrigação de fazer jogar dois ou três nomes que se pretendia vender, mas a verdade é que deixa o Sporting numa posição patética, com uma eliminação patética na Taça da Ligfa e com uma equipa incapaz de mostrar ideias e fio de jogo.
Resumidamente, continuo a achar que Domingos é bom treinador. Talvez se tenha espantado com a própria grandeza e exigência do Sporting, ainda por cima com a necessidade de começar a reconstruir, mas acredito que faria melhor para o ano. A grande dúvida, é em que estado estaríamos no final desta época?
Godinho Lopes
Sai desta novela com a sua imagem de fantoche reforçada. É um boneco, no meio de tudo isto, comandado via iPad. A sua opinião vale menos que uma canhola mal batida, como se comprovou de domingo para segunda. Pior, mostra que não tem tomates e um carácter questionável. Dar sangue ao povo, apresentando um nome popular, só para salvar a própria pele, é lamentável.
O Sporting
Não sei o que pensam os que votaram a favor de uma lista sem projecto e sem ideias, mas este momento comprova tudo isto: o de fuga para a frente de um grupo de pessoas que, efectivamente, não mostram ter um rumo definido. Ao fim de sete meses assumem que podem fazer a máquina funcionar sem uma das peças apresentada como fundamental e capaz de recolocar o clube no caminho das vitórias?!? Voltámos à estaca zero (se é que alguma vez chegámos a sair dela) e voltámos a dar aos jornais a possibilidade de escreverem o que bem lhes apeteceu.
Duque e Freitas
Freitas já nem foi à Polónia, não é? Bem, é capaz de estar a ajudar o Domingos a desarrumar o cacifo… A verdade é que a saída do treinador é um rotundo falhanço desta dupla, ainda por cima quando um deles já tinha trabalhado com o treinador e sabia ao que ia ao sugeri-lo para liderar a nossa equipa.
A cretinisse
Dar a entender que Domingos andava a encontrar-se com dirigentes do Porto é das formas mais vergonhosas de alimentar a bipolaridade dos adeptos que alguma vez vi.
Sá Pinto
Uma tremenda incógnita, a quem colocaram uma batata recheada de problemas, e a escaldar, nas mãos. Em relação a todos os anteriores técnicos leoninos tem a seu favor o facto de ser mesmo Sportinguista, de conhecer o clube e os adeptos, de sentir o Sporting. Se isso chegará, não sei. Mas sei que voltamos a dar um tiro no escuro e que receio a incapacidade que o Sá já mostrou em controlar-se perante certas situações (parece-me fundamental saber o nome da pessoa que o acompanhará. Gostaria de ver Rui Jorge de volta a Alvalade, mas Manuel Fernandes, que tem sabe-se lá que função, poderia não ser má ideia. Ah, e não tendo nada contra o Nelson, gostava muito que mantivessem o Vital como treinador de guarda-redes).
Como disse anteriormente, resta-me desejar-lhe a maior sorte do mundo e esperar que se transforme num Guardiola verde e branco.
Verde e branco
Do andebol, esmagando o Benfica de uma forma que o resultado não espelha, passando pelo banho de bola dado pelos nossos meninos, ao Liverpool, na Next Gen (há ali uma mão cheia de putos que, bem aproveitados, ainda nos podem dar muitas alegrias. E quem quiser ver o resumo e dois golos fenomenais, pode clicar aqui ), terminando no futsal, com uma vitória, por 5-3, a abrir a UEFA Futsal Cup (e hoje há mais).
Creio que não haveria melhor forma de contagiar-nos a todos para dois meses em que muito estará em jogo. Começamos domingo, em Alvalade, recebendo o Braga para a Taça de Portugal. A vitória, em que todos acreditamos (e já há uma t-shirt à venda, no site oficial, para deixar o estádio mais verde), será um enorme tónico para a visita à Luz, no sábado seguinte.
Seguem-se dois jogos em casa, de vitória obrigatória (Zurique e Nacional da Madeira), e uma ida ao Olímpico de Roma, onde acredito que o Domingos tenha um dilema entre colocar a melhor equipa ou poupar jogadores para a deslocação a Coimbra, três dias depois. O campeonato é interrompido, para celebrar-se o Natal, e recomeça com um Sporting-Porto e uma ida a Braga.
Ora, escusado será dizer que, para além de afastar os arsenalistas da Taça e confirmar o primeiro lugar na Liga Europa, será fundamental conquistarmos, no mínimo, 10 a 12 pontos dos 15 que vão estar em disputa. E eu acredito.
p.s – não percebo o que o Onyewu foi fazer à selecção, quando podia ter ficado a recuperar em Alvalade. E já cheira mal ver o Matías regressar do Chile directo à enfermaria.
Unhas encravadas
Elias e Matías são compatíveis?
Domingos tem gerido com mestria os vários estados de alma do balneário. Basta recuar ao último jogo e recordar a entrega da braçadeira a Daniel Carriço, numa forma de motivar ainda mais um jogador que vinha de marcar no regresso à titularidade. E, a bem dessa gestão, Matías, motivado pelo bom jogo na Liga Europa, manteve a titularidade nos jogos da Liga, ocupando o lado direito do meio-campo a meias com Elias e com João Pereira. Ganhámos, é verdade, mas parece-me que ficamos sempre a perder. Matías será compatível com Elias num meio-campo onde ambos joguem no centro, mas a equipa e o próprio jogador ficam a perder quando o chileno é encostado à linha direita. O que Capel faz à esquerda, alguém terá que fazer à direita. Carrillo ou Jeffrén, com Pereirinha à espreita, são donos do lugar e ponto final.
Jeffrén
O cabrão do 7 voltou a afzer das suas pelas bandas de Alvalade. Agora que parecíamos estar a renovar o brilho dessa camisola através da recuperação de Bojinov, somos surpreendidos pelo calvário do número 17. E surpreendidos será um tanto ou quanto subjectivo, pois ao que parece os problemas musculares não são de agora. Estou-me a cagar se o rapaz precisa de acompanhamento psicológico, se tem uma formação muscular de atleta de velocidade, se isto se aquilo. Sei que o departamento médico não ficou lá muito bem na fotografia e que a equipa está a ser prejudicada pela ausência de um talento inegável. Há que resolver esta questão o mais depressa possível e, tanto por nós como por um jogador muito acima da média com apenas 23 anos, quando Jeffren voltar a jogar é para fazê-lo várias semanas seguidas.
Rodriguez
Mais um jogador com um historial de lesões que explica o porquê de passar mais tempo de fora do que a jogar. Domingos confia nele, por isso o trouxe de Braga, e é um jogador que, para além da experiência e de ser dos quatro centrais o mais talhado para jogar à esquerda, nos torna mais fortes no jogo aéreo. A novela das idas à selecção, onde as lesões parecem desaparecer por obra e graça dos espíritos de Machu Picchu, só servem para que os adeptos o olhem de lado e, cada vez mais, se questione a necessidade de, em Janeiro, trazer outro central (para mim isto nem se questionava. Era trazer um que pegasse de estaca ao lado do Onyewu).
Rinaudo
É vergonhosa a perseguição de que está a ser alvo. Os dois últimos amarelos só são aceitáveis à luz de uma campanha que visa deixá-lo de fora do derby, e deixam Domingos com uma dúvida por resolver: colocá-lo, ou não , frente ao Leiria? Eu confesso que o deixava de fora e até era capaz de experimentar colocar Elias ou Schaars a trinco, recuperando Matías para o meio. É que a teoria de que, vendo um amarelo, pode forçar o segundo e ser expulso (cumprindo o castigo contra o Braga, para a Taça) é muito bonita se pensarmos que vamos ter um jogo que permita ficarmos com menos um de propósito. Para além de que, à partida, será mais complicado receber o Braga do que o Leiria.
Se vamos para a guerra
Mais um mistério leonino
As lesões musculares. Umas atrás das outras.
De quem é a culpa? Do planeamento da preparação física? Do departamento médico? Dos jogadores?
Já agora, no caso do Pedro Mendes, e se a culpa for mesmo do… desgaste, agradecia que chegassem a um acordo que anulasse o último ano de contrato. Não estou para voltar a aturar isto durante a próxima época.