Não Há Cu!

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou hoje os castigos referentes à ultima jornada, revelando que o treinador do Sporting, Paulo Bento, será suspenso por 12 dias e obrigado a pagar uma multa de 1500 euros.

Honestamente, perdi a paciência para este tipo de atitude. Não criticar nas instâncias certas e fazer fitas de meninos mimados quando se perde é intolerável. Pensei que o silêncio do JEB e do próprio PB antes do clássico fizesse parte de uma nova estratégia de abordar os túneis obscuros do futebol português. Falar depois nos termos me que se falou é insuportável e infantil. Isto é um jogo. E para ganhar é preciso saber jogá-lo dentro e fora do campo. Estas saídas e demissóes dos orgãos com responsabilidade são incoerentes e não se reflectem depois em nada de positivo. Que eu saiba o Sporting não vai competir numa Liga Não Profissional. Por isso, meus senhores da Direcção, trabalhem mais e chorem menos. Saibam estar e falar em sede própria. Para que não se jogue a horas impróprias, para que não se nomeiem árbitros em litígio com o clube, para que não se ganhem campeonatos à pedrada. E se for preciso, que se sentem todos muito juntinhos na tribuna dos vários estádios. Que sorriam e aprendam com o Papa. E depois, que utilizem o que aprenderam para que, enquanto, fazem smile para a fotografia lhes espetem um punho inteiro pelo cu acima. A sangue frio e sem vaselina! É assim que se fazem as coisas.

Zemanlândia

É o nome de um documentário onde a figura principal é o técnico Zdeněk Zeman. Na apresentação do mesmo, Zeman, que sempre reconheci como sendo adepto do futebol de ataque, foi questionado sobre o facto de Cláudio Ranieri, o novo treinador da Roma, clube por onde Zeman passou, ter dito que “o melhor é esquecerem o futebol bonito que a equipa praticava com Luciano Spalletti”.

Zeman, respondeu: “Essas são declarações que fazem o meu coração chorar. No futebol de hoje só conta o resultado e ninguém pensa em divertir as pessoas. Para os treinadores tanto lhes faz se as pessoas vão ou não aos estádios.”

É só isso, sr Presidente?

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Depois de ter dito que confiava em que nomeava os árbitros (ou seja, em quem faz parte da máquina de enrabanços a que estamos sujeitos e que tinha acabado de nomear o árbitro contra quem temos um processo a decorrer);
Depois de ter dito que ia sentar-se ao lado de Pinto da Costa (ou seja, ao lado de um dos rostos da corrupção em Portugal);
Depois de ter dito que o FCP-Sporting ia ser um espectáculo (ou seja, que estava mais do que pronto para o que aí vinha)

José Eduardo Bettencourt, presidente do meu clube, que nas várias entrevistas que deu antes das eleições disse ser importante criar uma estrutura que impedisse o treinador de estar exposto a questões relacionadas com arbitragem e afins, viu o jogo de camarote ao lado de quem todos nós sabemos e, no final, depois de termos sido literalmente gozados pelo gajo do apito que ficou fodido da vida porque a namorada o encornou com o treinador de guarda-redes do Sporting, deixou, uma vez mais, que fosse o treinador, Paulo Bento, a dar corpo às balas. 

Esperei uma reacção durante a noite. Ao pequeno almoço. Ao almoço. A lanche. Até que… aparece esta miséria no site oficial do Sporting:  

1. O Conselho de Administração da Sporting, SAD tudo fez para que a lamentável nomeação do senhor Duarte Gomes para arbitrar o jogo FC Porto – Sporting não criasse um ambiente insustentável à volta desse encontro e não condicionasse ainda mais uma arbitragem já de si condicionada pela decisão do senhor Vítor Pereira;

2. O Presidente do Conselho de Administração da Sporting, SAD sentiu-se até na necessidade de proferir algumas declarações que mais não visavam do que contribuir para que o árbitro pudesse, ainda assim, ter as condições mínimas para dirigir o encontro;

3. O Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP, ao longo dos anos em que vem exercendo o seu mandato, tem tomado decisões que manifestamente têm prejudicado a Sporting, SAD. Desde a inacreditável nota interina lida apenas aos delegados ao jogo Estrela da Amadora – Sporting, sobre os atrasos aos guardas redes na sequência de um jogo no Estádio do Dragão até ao inaceitável silêncio a seguir às incidências da Final da Taça da Liga da época passada e às lamentáveis tentativas de justificação proferidas pelos três dos árbitros dessa partida, tudo tem sido possível e passado impune;

4. Aliás, a dignidade do cargo de Presidente da Comissão de Arbitragem não se compadece com a aparente vontade de usar as nomeações para acintosamente provocar clubes, como aconteceu com a nomeação ora em causa;

5. Apesar de tudo, a Sporting SAD manterá a forma independente e transparente como se tem relacionado ao longo dos anos com as instituições que regem e dirigem o futebol português, sem prejuízo de vir a terreiro sempre que tais princípios sejam postos em causa como o fez agora a Comissão de Arbitragem.

 

É só isso, sr. Presidente? Sabemos que estão a meter-nos o dedo no cu (ou melhor, a mão toda), soltamos um “ai, ai, ai” envergonhado e prometemos continuar a assistir tranquilos à enrabadela?
Olhe, sr. Presidente, a questão é que já não somos só nós a estarmos fartos. Aplaudi de pé quando o Paulo Bento disse “o Sporting é demasiado simpático e depois quem paga são os jogadores e o treinador”, dando voz ao descontentamento que deve ter tomado conta do balneário quando o sr Presidente aceitou de rabo alçado a nomeação do encornado. Aliás, sr Presidente, depois das suas palavras, percebo agora pq razão o nosso treinador não comentou a nomeação antes do jogo.

Sabe, sr. Presidente, dava jeito encontrarem forma do Paulo Bento deixar de fazer o seu trabalho e o do director de futebol que só serve para ir a sorteios na terra do chocolate. Podia ser que, dessa forma, tivesse mais tempo para pensar no porquê de entrarmos a dormir em todos  os jogos.

POLGA, CAGA E GAMANÇO…

… assim se ganha um Clássico contra o Sporting…

Burrice, teimosia e incompetência, assim se perde nova oportunidade, pelo segundo ano consecutivo, de mandar o FCP para uma crise de confiança. E assim se continua a chafurdar na própria merda.

Ao menos temos o consolo de ver o nosso presidente ao lado do Papa. Enquanto os nativos estão a ser saqueados pelos cruzados, o Chefe Cabeleira Branca bebe um cházinho no Vaticano.

Está, de facto, a fazer um excelente trabalho, o nosso presidente… só o seu comportamento verdadeiramente vergonhoso e indigno do Sporting consegue, contra toda a lógica, provocar no meu dorido cérebro um tímido sentimento de solidariedade em relação ao Paulo Bento, que tem que dar a cara, SEMPRE, em defesa do clube.

“O Sporting continua a ser demasiado simpático para os árbitros. E quem paga são os jogadores e o treinador”, gritou o Paulo Bento, provavelmente no mesmo minuto em que o Bettencourt bebia mais uma flute com sujeitos condenados pela justiça desportiva.

Pois… votaram nele, não foi? Então agora fechem os olhos com força, engulam ou cuspam, mas não se queixem.

O Bloco de Notas do Gabriel Alves – 6ª jornada

É um estádio bonito, novo… arejado
FCP – Sporting
26 de Setembro 2009, 19h15, Estádio do Dragão

Uma humidade relativa, muito superior a 100%
Já se sabe que, mesmo nas noites mais quentes, aquele estádio que dizem ser espectacular em termos de arquitectura, deixa entrar vento por todo o lado. Agasalhem-se, pelo menos até marcarmos o primeiro golo!

A selecção do Mali tem um futebol com perfume selvagem e com um odor realmente fresco…
O FCP deste não é o do ano passado. Sim, continua a jogar em 4-3-3, mas ainda não encontrou quem desse à equipa o que Licha e Lucho davam. Para piorar as coisas (para o lado deles, está bem visto), Raúl Meireles continua claramente à procura da forma ideal (tem sido constantemente substituído), o que obriga Jesualdo a colocar Guarin em campo e deixa a equipa orfã de um criativo no meio campo. É precisamente isso que temos que aproveitar, obrigando o meio campo deles a recuar e a colar Fernando aos centrais. Depois é ter cuidado com as venetas do Hulk, as bolas paradas do Bruno Alves, a subidas do Pereira e a clara veia goleadora do Falcão.

Este homem é um Mister
Por muito que não se goste do estilo, Jesualdo tem o mérito de ter conseguido revalidar o estatuto de campeão que, para mim, é mais complicado que ganhá-lo uma única vez. E, infelizmente, parece ter percebido que, de cada vez que tenta inventar, perde.

Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva
O Porto assenta em três jogadores: Bruno Alves, Raul Meireles e Hulk. São eles a espinha e as maiores mais valias desta equipa.

 A vantagem de ter duas pernas!
Curiosamente, Aves, Meireles e Hulk podem, também, ser o calcanhar de aquiles da equipa. O primeiro por poder ser expulso a qualquer momento (tenha o árbitro tomates para isso), o segundo porque está claramente em baixo de forma, o terceiro porque quando não engata passa a jogar como se estivesse na praia e dá cabo da estratégia da equipa. Depois há aquele artolas chamado Helton (remates de longe uns atrás dos outros, por favor), e que a qualquer momento pode enterrar o jogo.

E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha
Paulo, não me perguntes porquê, mas estou estupidamente confiante. Eu prefiro chamar-lhe fé. Mesmo que estúpida. Assim sendo, digo-te apenas “bora lá ganhar esta merda, foda-se!!!”

Vamos jogar no Totobola
FCP – Sporting   2

Cantinho Zandinga
FCP – Sporting    0-3  (Liedson 17′; Vuk 80′; Liedson 83′)

É tudo normal

É verdade que o Cacifo raramente fala de arbitragens, mas depois de ter aturado, durante dois dias, lampiões e tripeiros (só faltou alguém do Braga) a lixarem-me a cabeça por causa do penalti contra o Olhanense, gostaria de deixar uma breve nota que coloca a contabilidade em dia, no que a questões do apito diz respeito.

Jornada 1
Paços Ferreira – FCPorto (1-1): fora de jogo mal tirado ao jogador do Paços, depois de já ter fintado o guarda-redes, na última jogada do encontro;
Benfica – Marítimo (1-1): penalti forçado por Saviola, que provoca o contacto com o defesa madeirense (Cardozo falhou)

Jornada 2
Sporting – Braga (1-2): aos quatro minutos, Misés corta com a mão um remate de Liedson que ia direito ao fundo das redes. Penalti por marcar e cartão vermelho por mostrar; ainda na primeira parte, fica por marcar um penalti por carga sobre Matigol;
FCPorto – Nacional (3-0): com o jogo empatado 0-0, o ártbitro assinala um penalti inexistente contra o Nacional e, na sequência dos protestos, expulsa dois jogadores insulares;
Guimarães – Benfica (0-1): penalti duvidoso contra o Vítória que Cardozo falha; falta inexistente dá origem ao livre que, no último minuto, dá a vitória ao Benfica

Jornada 3
Benfica – Vit Setúbal (8-1): o terceiro golo do Benfica nasce de um penalti inexistente sobre Ramires
Braga – Belenenses (3-1): o segundo golo do Braga nasce de uma falta que não existe; em cima do minuto 90, com o resultado em 2-1, há uma mão clara dentro da área do Braga, mas o árbitro não assinala penalti

Jornada 5
Sporting – Olhanense (3-2): Miguel Garcia corta a bola com o braço em cima da linha, o árbitro nada assinalada; Liedson remata contra o peito de Anselmo e o árbitro assinala mão (Moutinho faz o 2-2);
Leiria –  Benfica (1-2): a cinco minutos do fim, o árbitro transforma um corte acrobático (que, no máximo, seria jogo perigoso e livre indirecto) em falta sobre Aimar, assinalando penalti (Cardozo faz o 1-2)
Braga – Porto (1-0): com tudo a zeros, o árbitro fecha os olhos a um penalti contra o FCP

Agora, se assim desejarem, façam as contas a tudo isto.
Ah, a propósito, acho vergonhoso que o Duarte Gomes, árbitro contra quem o Sporting tem a decorrer um processo no Conselho de Justiça da FPF, tenha sido escolhido para apitar o jogo no Dragão. Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem, já afirmou que esta é uma nomeação perfeitamente normal. Eu não podia estar mais de acordo.

Quer se possa ou se não possa

Sporting curva
(foto, cortesia involuntária Leão da Estrela)

Este Sporting não se pode. É claro para todos. Mas atentemos ao espírito da Marcha. “Quer se possa ou se não possa, a vitória será nossa, Viva o Sporting!”. Serve isto de pretexto para puxar pelo Sporting Positivo. Dado o momento do País, podia ser um grito de campanha. E, de certa forma, é. Em vésperas de um jogo decisivo para o Sporting de Paulo Bento, concentremo-nos nas coisas boas, naquelas que queremos valorizar nos dias bons, quando acordamos do lado certo da cama, quando está sol, quando os horários estão todos do nosso lado.

Bandeira verde o Leão
É a bandeira mais bonita deste Sporting: os principais e crescentemente mais líderes desta equipa são do Sporting. Formados no Sporting. E nas celebrações dos golos percebe-se isso, como se percebe que Veloso, Moutinho e Carriço mandam cada vez mais na equipa. Ainda não são os líderes que a equipa precisa, mas continuam por cá, estão sempre entre os melhores dos jogos, coisa que parecia impossível há precisamente um ano.

Muita fé no coração
Atitude é algo que, agora, não falta à equipa. Aliás, é a grande qualidade deste Sporting actual. Só prova que até vale mais jogar sempre contra a parede, porque de outra forma “não se pode”. E as recuperações (desnecessárias quando “se pode”) só são possíveis quando se tem fé, quando se acredita. E consegue-se porque…

… Liedson e Vuk…
Estamos a testemunhar a passagem de dois dos melhores jogadores da história do clube. Um, já lá está. É o melhor avançado da história moderna do Sporting. O outro, pode lá chegar. Qualquer um deles, dá um valor emocional acrescentado aos golos que marca. Isso é impagável. O Jardel marcou 42 golos, deu um título e nem no seu melhor golo me tocou como qualquer golo destes dois grandes jogadores. É um privilégio (esperemos que Mati se junte rapidamente a este duo e que Izma regresse rapidamente… já alguém reparou bem na qualidade ofensiva desta equipa?)

Cantam todos os do Sporting, desde os netos até aos avós
Ir a Alvalade, apoiar o Sporting, ainda é e será sempre uma enorme oportunidade de celebrar o Sportinguismo. Essa é, aliás, a génese do imaginário leonino. E é, também, a maior factura dos anos bentianos. Os adeptos, nós, todos, confundimos regularmente o Sporting com o Sporting de Paulo Bento. São coisas diferentes, embora não pareçam. Quando coincidem – e já aconteceu este ano, contra a Fiorentina, em Alvalade -, proporcionam a gasolina que continuará a fazer o fogo verde-e-branco arder sempre. E é preciso que coincidam já este fim-de-semana, no Porto. É possível? Não sei, não interessa para este raciocínio positivo. O que interessa é…

Rapaziada oiçam bem o que eu lhes digo,
E gritem todos comigo,
Viva o Sporting!

VUK NO ATAQUE, JÁ!

Sporting-3 (Carriço, Moutinho, Vuk), Olhão- 2 (Tripeiro 1, Tripeiro 2)

Nível de endorfinas: Aos turbilhões, como qualquer jogo do Sporting este ano. O Bento continua a ser o maior inimigo do Paulo. A equipa entra na expectativa do que o adversário faz, tironopé nº1. A equipa continua a jogar com o central em pior forma do hemisfério norte, quando no banco tem uma alternativa moderadamente decente, tironopé nº 2. E a equipa joga com o pior avançado do planeta, quando tem o segundo melhor finalizador da equipa a jogar a médio esquerdo, a trinta metros da baliza, tironopé nº3. Recuperada a desvantagem com base na gana e, vamos ser honestos, no puro medo da multidão enfurecida das bancadas, entra na 2ª parte sem acelerar, com pavor de cometer erros, tironopé nº4. Volta a meter o trinco a defesa esquerdo, desequilibrando outra vez a equipa, porque o trinco não quer e não sabe ser defesa esquerdo, tironopé nº5. Mantém a extremo direito o único avançado que pode apostar em jogar nas costas dos centrais, onde não tem espaço para correr, tironopé nº6.

E chega-se ao tironopé mais grave e danoso para a equipa, o clube, a história da instituição e o sistema nervoso central de todos nós: Bento continua a pôr o Postiga a titular… Não tenho dados científicos para explicar melhor, mas o Postiga seca o Liedson. Provavelmente porque dá sempre linhas de passe, desaproveitando-as todas. Já nem desenvolvo o facto evidente de o tripeiro não conseguir marcar golos – não sabe, não tem jeito, o que é admirável para um avançado -, mas importa-me o facto estatisticamente evidente de o Liedson não ter bolas de golo quando o Postiga está em campo. Só este ano, Liedson com outro qualquer em três jogos, cinco golos. Com o Postiga, zero golos em três jogos. Só neste jogo, Postiga em campo, zero oportunidades para o luso-brasuca. Postiga fora, dois remates perigosos. Uma tendência que já vem do passado, sendo o exemplo perfeito a dupla que Derlei fazia com o Levezinho.

Enfim, Bento, facilita-nos a vida, a nós e ao Paulo, e mete o Vuk no ataque… com o tempo, o Liedson há-de aprender a gostar do montenegrino (repete-se aqui o apelo que se tem feito, aqui, desde que o Vuk está no Sporting… uma causa obviamente perdida).

Momento do jogo: Admito a parcialidade, mas ver o Vuk a festejar um golo decisivo em Alvalade tem de ser o momento alto de qualquer jogo, do dia, da semana e, pelo andar da carruagem, o momento do mês.

Prémio El Dieguito: O golo. Do Vuk. Não sei se o Postiga viu, mas é assim que um futebolista profissional marca um golo. Quando sabe e tem jeito.

Prémio Zé Piqueno: Agora que o Roca e o Ninja já não jogam, este galardão perdeu brilho.

Prémio Gladstone: Abel. Não tanto pelo jogo, razoável para os seus medíocres parâmetros, mas pelo espectacular momento em que agradeceu um passe antes de receber a bola, perdendo com isso o timing certo para centrar… um regalo.

Visão Zeman: A táctica deste Sporting resume-se, no mal, aos tirosnospés. No bem, destaque para a insistência em deixar o Vuk no campo, agora que ele é um jogador banal na esquerda, cumprindo tactica e mentalmente, mas perdendo o lustro que o faz único. E para a exibição do Moutinho, que voltou a encher o campo, como nos bons velhos tempos. Só falta definir melhor os lances de desequilíbrio… coisa que talvez já não venha a acontecer.

Vivó Sporting… até morrer!: Não me lembro, desde que o Bento tomou conta do Paulo, de festejar tantos golos no início da época, contra adversários fracos, como se fosse o jogo do título. Este paradigma de golos-nos-últimos-dez-minutos-para-ganhar está a tornar-se um arriscado hábito. E, como ainda estamos em Setembro, há-de rebentar mais cedo que tarde na cara de alguém…

Dito isto, nós somos verdadeiramente únicos. Não deve haver muitos estádios no mundo que oscile tanto durante um só jogo entre o apoio feroz e incondicional, o desprezo trocista e a raiva descontrolada. SPORTING! A sofrer até ao Marquês!

O Bloco de Notas do Gabriel Alves – 5ª jornada

É um estádio bonito, novo… arejado
Sporting – Olhanense
21 de Setembro 2009, 20h15, Estádio José Alvalade

Uma humidade relativa, muito superior a 100%
Óptima noite para jogar à bola, a pedir uma sweat a quem vai para as bancadas (ou um casaquinho pelas costas, para os mais queques). Infelizmente, e porque voltamos a jogar a uma hora medonha, cheira-me que não vão estar mais de 18 mil nas bancadas. Espero enganar-me.

A selecção do Mali tem um futebol com perfume selvagem e com um odor realmente fresco…
Eu gosto do Olhanense. Não por ter Sporting Clube Olhanense como nome oficial, mas porque acho importante a presença de uma equipa algarvia na nossa principal Liga e porque me agrada a aposta em jogadores novos e portugueses (e tem um site porreiro e constantemente actualizado).
Os de Olhão chegam a Alvalade com seis pontos em quatro jogos, fruto de três empates (um deles na Choupana, como nós) e uma vitória caseira, frente à Académica, arrancada com apenas nove homens em campo. A grande curiosidade é saber se Jorge Costa arriscará manter o 4-3-3 que costuma apresentar, com Ukra, Toy e Rabiola na frente.

Este homem é um Mister
Eu teria todos os motivos para não gostar do Jorge Costa, mas a verdade é que a versão treinador do bicho conta com a minha simpatia. Aliás, um treinador que afirma que a sua equipa tem que jogar bom futebol porque os espectadores pagam para ver um espectáculo, e que tenta passar das palavras aos actos (o Olhanense é uma das três equipas que mais remata), merece o meu aplauso.

Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva
Por certo não será, nem de perto nem de longe, o craque da equipa, mas será o homem em destaque: Miguel Garcia regressa a Alvalade, tal como o extremo/avançado Paulo Sérgio. E dizem as quatro primeiras jornadas que o o médio Castro e o extremo Rabiola, ambos emprestados pelo FCP, têm sido as figuras desta equipa.

 A vantagem de ter duas pernas!
Mbida Messi Georges Parfait, Messi para os amigos. Não posso deixar de achar fantástico existir um Messi vindo dos camarões, ainda por cima um Messi trauliteiro.

E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha
Paulo, temos nas nossas mãos a oportunidade de ir ao Dragão com os mesmos pontos do FCP. Aliás, com jeitinho até ficávamos com os mesmos pontos do Benfica, mas isso é outras conversa.
Sei que vou repetir-me, mas não será demais pedir-te para passares aos jogadores a mensagem que os jogos podem ganhar-se nos primeiros 15 minutos e que entrar bem dá confiança não só a quem está dentro das quatro linhas, mas também a quem está nas bancadas.
Aliás, Paulo, se tiveres estudado o adversário, vais concluir que deixar tudo para a segunda parte pode dar merda, pois se há coisa que o Olhanense tem são gajos rápidos na frente, que adoram jogar em contra-ataque.

Vamos jogar no Totobola
Sporting – Olhanense   1

Cantinho Zandinga
Sporting – Olhanense   2-0  (Liedson 14′; Carriço 27′)