A receita

Não vou perder tempo com os problemas, vou directo às soluções. Paulo, gosto de ti, quero o melhor para ti, o que penso de ti como treinador do Sporting está claro na minha Cabeça. Num momento mau como este dou-te uma mão… sugiro-te “coisas bonitas”. Aceita o que quiseres. Mas olha que a teimosia tem dois bicos e qualquer um deles pica…

1) Treina com afinco a alternativa ao losango. A sério. Porque qualquer treinador com mais rodagem que tu percebe logo onde está o alçapão… e entra por ali fora sem pedir licença. À falta de um trinco varredor (o Cacifo não te avisou para ires buscar um armário para ali?), mete o Roca e o Moutinho no meio como nos bons velhos tempos do Peseiro. Utiliza o Izmailov e o Vuk nas alas, com liberdade para o um-para-um. Vais ver que será bonito… depois, quando quiseres “controlar” o jogo, mete lá o losango outra vez.

2) Abanca o Abel… o tipo é inteligente, fala bem, deve ser um gajo respeitado no balneário por usar frases com complemento directo… Mas abanca-o. Mete ali o Caneira. Já chega de ser constantemente enrabado pela direita nos jogos grandes… a história é deprimentemente longa… Mete-o nos jogos em casa contra mijasnasescada. Aí ele corre… e corre… e corre… e pode vir a andar para a defesa.

3) Esquece o Miguel Veloso sozinho a trinco… O puto não se aguenta… são os sumos, as madeixas, essas merdas todas da adolescência tardia… Mas esta ideia eu suspeito que tu já percebeste…

4) Recupera o Vuk. Eu concordo contigo que o puto é parvo. E egoísta. Eu, se estivesse naquele balneário, dava-lhe com uma toalha molhada e enrolada no cu todos os dias à saída do chuveiro. Mas eu tenho uma experiência desportiva muito básica, muito baixo nível. Não sou treinador do Sporting. O teu dever não é destruir jogadores, é recuperá-los. Usa os métodos que quiseres, eu estou contigo até ao fim… desde que esse fim seja o melhor para a equipa. E, claramente, a única saída para isto é o regresso em grande do Vuk à equipa… sim, “à equipa”, eu ouvi-te (no meu anestesiado cérebro)…

5) Manda o Barbosa dizer qualquer coisinha à malta. Ó Pedro, vá lá… falavas tão bem com os árbitros… diz qualquer coisa ao pessoal, depois de tantos casos em tão pouco tempo numa época que se queria tranquila.

Ficam as ideias, Paulo. Entretanto, dá uma vista de olhos ao derby de Milão (aposto que estiveste a ver o Torreense-Guimarães, só para teres a certeza que o Cajuda vai ser corrido… eu percebo). Mas vê como o melhor treinador do mundo, o gajo especial, chega a um derby, com mais quatro pontos que o rival, e tenta “controlar” o jogo. Como tu! E, depois, repara como o tipo que é especial leva um banho táctico e perde o jogo e a oportunidade de enterrar já um adversário directo. Como tu! Um gajo especial…

A QUEM TANTO SE ABAIXA, VÊ-SE-LHE O CU

Nível de endorfinas: quase zero. Houve uma estratégia errada na abordagem ao jogo, que se exprimiu num problema táctico que abaixo se tenta compreender. Mas houve, antes disso ou por causa disso, uma atitude errada para este derby. Demasiado respeito, demasiado tensão nas decisões individuais, pouco risco e, o que mais me custa, pouca alegria. Então mas nós não estamos a meio de um projecto táctico, futebolístico e anímico já consolidado? E o nosso adversário ainda não está a conhecer os cantos à própria casa? Para quê olhar olhos-nos-olhos e não de cima para baixo? Assusta ouvir o Paulo Bento dizer que o Sporting teve menos maturidade que um benfica com dois centrais de 19 anos, um médio rejeitado por ele próprio por ser imaturo e um punhado de jogadores sem experiência de grandes clubes…

Momento-chave: Dois. O falhanço do Djaló no 1º minuto e a assistência errada do Pipi para isolar o Djaló, poucos minutos depois. Com um golo de vantagem, provavelmente seria a repetição de Braga.

Prémio El Dieguito: Sem vencedor. O que revela muito…

Prémio Gladstone: Miguel Veloso, pelo jogo que fez. Pobre é elogioso. É verdade que ele é vítima de uma posição demasiado desamparada. Mas ficou à vista, se prova faltasse, que não consegue carregar a equipa a trinco. E as disparatadas subidas no campo deixam a equipa num farrapo para recuperar.

Prémio Zé Piqueno: Os cartões amarelos aos jogadores do Sporting depois do 2-0. É feio… mas é orgulho.

Visão Zeman: O que acontece a uma equipa que decide anular a sua força para expor a sua fraqueza? Pois, perde. No futebol, pouca coisa acontece por acaso. A ideia de lançar bolas pelo ar para os dois avançados e, com isso, subir a equipa no campo para limpar as segundas bolas, está a ser um insulto à inteligência futebolística do adepto que paga quotas (hoje foram mais 48 euros!). Sobretudo, quando a força da equipa assenta na fluída rotação do losango… como se viu a espaços no jogo, momentos em que ficaram à vista as dificuldades do benfica. Mas a insistência em bolas em altura foram mel para Sidnei, o puto que nem sei o nome e o Yebda… E era ver os anões Djaló, Moutinho, Pipi a saltar, impotentes…

O sr. flores, pelo contrário, fez o que lhe competia. Força do benfica? Jogo pelas alas… Fraqueza do losango? Aquele quadrado vazio, à entrada do meio-campo defensivo, definido pelo defesa lateral (Abel, p.ex.), o médio lateral (Roca), a linha de meio-campo e a linha lateral. É só contar as vezes que a bola ali esteve no ataque do benfica… E para onde ia assim que o benfica recuperava a bola na defesa (muitas vezes iam lá buscá-la o Cardozo e o Nuno Gomes). Três lances exemplares: desequilíbrio que permitiu ao Maxi centrar para o falhanço incrível do Nuno Gomes, saída do benfica que acaba no remate à figura, à meia volta, do Cardozo, e, num miniquadrado vazio mais à frente, o 1º golo…

Vivó Sporting… até morrer!: O regresso de Liedson num palco onde já fez tanto pelo sportinguismo…

O Bloco de Notas do Gabriel Alves – jornada 4

É um estádio bonito, novo… arejado

Benfica – Sporting

Sábado, 27 Setembro 2008
Estádio da Luz, 20.45

 

Uma humidade relativa, muito superior a 100%

“Realmente, vá lá perceber-se este tempo”, é frase que pode ouvir-se um pouco por todo o lado, principalmente dito por senhoras cujas dores nos ossos são mais eficazes que as previsões do meteorologista José Manuel da Costa Teso. Eu digo que se chover, damos cinco. Se estiver limpo, damos três!

 

A selecção do Mali tem um futebol com perfume selvagem e com um odor realmente fresco…

O Benfica tem um plantel completamente desequilibrado. A dupla Quique Costa apontou, de forma tresloucada, baterias ao reforço do ataque e esqueceu-se completamente da defesa, onde os seis golos sofridos nos últimos dois jogos são claro indício do desgoverno que impera no sector recuado (até o Quim começou a mostrar que passou quatro anos bastante atento às exibições do Ricardo na selecção).

Depois há o meio campo, ao que parece também ele pensado em cima do joelho. Talvez venha a melhorar se o Quique perceber que o Katsouranis é médio (entretanto já percebeu que não pode jogar com dois alas ofensivos, até porque o Carlos Martins defende durante 10 minutos e depois a palmilha especial Made in Germany sai do lugar), mas para já o grego vai continuar a central. O ataque é mesmo o ponto mais forte, mas desde que não deixem colocar bolas na cabeça do Cardozo…

 

Este homem é um Mister

O Flores, também conhecido por Quique, tem um discurso que eu acho importante para o nosso futebol. Tal como o Paulo Bento, não tem problemas em dizer o que pensa e evita mandar umas bocas só para encher os ouvidos aos adeptos. Sendo claramente melhor que os seus antecessores, capaz de blindar a porta do balneário à entrada de um deles (eu acho que o Eusébio devia marcar uma conferência de impresa para dizer “deixem entrar o Chalana!”), não sei se será no entanto capaz de transformar o Benfica naquilo que nunca voltará a ser, mas que os adeptos gostam de afirmar que é. Sim, incluindo aqueles três adeptos que o Luís Orelhas Vieira descobriu na Índia e que lhe valeram estar no grande livro dos recordes, lado a lado com o maior assador de castanhas ou com a tipa que fez mais bobós em duas horas. Um luxo!

 

Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva

Suazo. Sim, é craque. Mas não joga. O Cardozo é claramente acima da média e o Aimar é despachado para o estaleiro à primeira entrada. E há quem diga que o Di Maria é uma estrela pronta a conquistar o futebol mundial, algo com que eu não concordo nem um pouco.

 

A vantagem de ter duas pernas!

Tirando o Leo, acho a defesa do Benfica patética. Não queria nenhum daqueles gajos no Sporting, Quim incluído. E espero que o Yebda se farte de dar porrada e vá tomar banho mais cedo. Não sei é se o Maxi Pereira não vai primeiro (já devia ter ido em Paços de Ferreira).

 

E agora entram as danças sevilhanas da Catalunha

Paulo, é para ganhar! Não vamos perder nova oportunidade de ganhar na Luz como quando, há dois anos, perdemos (e essa merda de empate, depois do Liedson marcar logo aos dois minutos, valeu-nos não sermos campeões), pois não? Temos um meio campo superior e é claramente por aí que devemos começar a ganhar o jogo. Depois é cair em cima daquela defesa que, bem apertada, guincha que nem um boneco de borracha.

Sabes aquilo que fizeste em Braga, aproveitando o balanceamento atacante adversário para mandar a equipa carregar sobre os centrais a fim de ganhar as segundas bolas e ficar em superioridade numérica no último terço de terreno? Pode ser uma boa aposta. Ou então carregar pelas laterais, pois os médios ala deles não ajudam a defender. Lá atrás, basta jogarmos com tranquilidade. E, por favor, não entrem como entraram em Madrid e Barcelona, ok?

 

p.s. – é uma pena o Izmailov não poder jogar e parece que o Vukcevic também está lesionado. Assim, e como quem não quer a coisa, a única opção de banco que temos para jogar nas alas e alterar a disposição do meio-campo é o Pereirinha. Pouco, diria eu…

p.s. 2 – inspirem-se e arrepiem-se… http://br.youtube.com/watch?v=X6A3oyhypdo

 

Vamos jogar no Totobola

Benfica – Sporting  X 2

Agora sim, cantem tudo o que quiserem!

Há duas coisas que, nos anos em que fui sócio da Juve Leo, nunca percebi muito bem: qual a piada de apanhar dois putos sozinhos, vestidos com as cores adversárias, dar-lhes uns tabefes, gamar-lhes o dinheiro ou a carteira e ficar com os cachecóis para queimar? Qual a lógica de, jogando em casa com o Feirense, passar metade do tempo a cantar merdas só para ofender os lampiões, quando no topo contrário, anichadas em duas dezenas de cadeiras, estão uma dúzia de pessoas alegremente a tocar um irritante bombo?

Hoje, alguns anos volvidos, continuo sem perceber. Pior, começa a irritar-me ouvir constantemente a sigla “slb” ser cantada em Alvalade (da outra acção prefiro nem falar).
O último jogo em casa, com o Belenenses, foi exemplo disso mesmo e mostrou que não sou só eu quem está farto da indicações dadas pelo “sr do megafone” e seguidas sem pensar pelos restantes. A assobiadela geral é sinal desse mesmo cansaço.

Epah, eu estou completamente a cagar-me que o objectivo seja ofender, humilhar ou o raio que parta quem continua a cantar isto a despropósito. Ofender quem? É que os lampiões só lá aparecem uma ou duas vezes por ano.
Ainda não perceberam que isso transmite uma imagem de pequenez nada condizente com aquilo que defendemos ser o Sporting?

Vá, aproveitemos o “cruzeiro telheiras-lampiódromo” para deitar tudo cá para fora. “Filhos da puta slb”, “a águia faz piu-piu”, em cada lampião há um cabrão”, “és miserável, atrasadinho, e ao Eusébio tens que dar o teu cuzinho (o homem já mal se aguenta em pé)”, “oh lampiona eu vou-te à cona” (a todas as gajas que apareçam à janela), “benfica é merda”, “toda a merda é benfica, allez oooh” e por aí fora.

Mas, mais importante ainda, aproveitemos o dito cruzeiro para, quando chegarmos ao destino, gritar bem alto “SPORTING!”. É este o grito que os intimida. E, se não for pedir muito, que eu gostava de ouvir mais vezes em Alvalade.

Não Há Estrelas no Céu! – Simon Vukcevic

 

Ele estava mesmo a pedi-las. Infelizmente, o Incrível Vuk, chega aqui pela piores razões.

Confortavelmente na liderança e a uns dias de viajarmos à Luz, o Simon passou-se da marmita.

No entanto, nesta história toda há duas questões sobre as quais me detenho:

  1. A falta de habilidade que o Paulo Bento demonstra para lidar com super-egos.

Antes de começarem a chover os insultos, pensem comigo. Isto não é também o que distingue treinadores de excelência dos treinadores apenas bons? O Paulo Bento, tem um livro de estilo desenhado a régua e esquadro. Na maior parte das vezes funciona. Mas como em tudo, existem honrosas excepções. É bom que existam regras e leis num balneário. Mas, por outro lado, se o futebol fosse feito de robots, tudo isto seria uma grande seca. O comportamento do Vuk fora de campo assemelha-se um pouco ao que ele tem dentro dele. Um jogador egoísta, anárquico e um pouco louco. E não é isso que nós tanto aprecíavamos nele. As sapatadas que o gajo dava naquela mesa de matraquilhos que era o futebol do Sporting na época passada. O cabrão chegou a marcar 14 golos (em todas as competições), é preciso não esquecer isso. A atitude dele no fim do jogo contra o Belém, revela falta de maturidade, respeito e é inaceitável. Mas, para mim, é igualmente grave, o Paulo Bento não revelar argumentos para envolver estes tipo de jogadores que se recusam a comportar como meros operários. Pensem no Mourinho. Já treinou grandes estrelas e gajos com uma bolha ainda maior do que a do Vukcevic. Mas não se ouve ninguém queixar. Isso também é um dom.

2 .      A precariedade dos contratos de trabalho no futebol. 

Por muito que se diga, e apregoem o contrário por aí, é o Sporting que está nas mãos do Vukcevic e do empresário dele. Neste momento, são os clubes que se curvam perante os jogadores. Se o Vukcevic decide que se vai embora em Dezembro, acreditem que vai mesmo. Porque quando não há diálogo possível, só resta esse caminho ao clube. Ainda está para nascer a administração ou dono de um clube que obrigue um jogador a cumprir na íntegra um contrato de trabalho, recorrendo, se necessário for, a um castigo exemplar que o impeça de jogar mais na equipa.

Inquietante…

… não, não é o caso Vuk. Nem a lesão do Izmailov. Nem o confronto com o grupo excursionista da Rua dos Soeiros…

… é esta entrevista.

Então já não avança o projecto financeiro aprovado pelos sócios? Por causa do ponto que foi chumbado? E os outros que foram aprovados? Não interessam? Era só mesmo aquele, o tal que passava para a SAD activos e passivos que estavam, no mínimo, “relacionados” com alguns dos seus accionistas, num gritante conflito de interesses?

Então o programa de captação de sócios está a correr mal, as gameboxes adeptos não vendem na época mais promissora dos últimos anos, o cartão de sócio em parceria com uma entidade bancária (curiosamente a maior credora do clube e, ao mesmo tempo, patrocinadora) não está a sair? E a “contenda” com a CML ainda não se resolveu, quando já estava tudo pronto?

E, cereja no topo do bolo, não vai haver pavilhão. Porquê? Porque o Real Madrid e o Barcelona perdem dinheiro com as modalidades

Bom, ponham a bola a rolar, se faz favor… e que não bata nos postes!

E se se deixassem de merdas?

Que se foda o gajo de Abrantes e o seu amigo Mendes!
O Rui Santos e o seu discurso tão patético quanto o penteado que apresenta.
O Zoran Stojadinovic e a sua forma nojenta de gerir carreiras de jogadores mentalmente afectados pela guerra.
Os sportinguistas que colocam os seus gostos pessoais acima do bom senso que lhes permita parar para pensar antes de criticar (se preferirem, os sportinguistas que colocam o “eu” à frente do “nós”).
Que se foda até a postura burra do Vuk.

É isto que os montes de merda com quem vamos jogar no sábado querem, ansiosos que tal estratégia impeça o Leão de dar mais cinco açoites ao lampião, cujo terceiro é brilhantemente documentado pela foto.
E é precisamente isto que não podemos deixar que continue, portanto deixem-se de merdas.
A quatro dias do derby, está na hora de cerrar fileiras e pensar naquilo que importa: ganhar. De preferência gritando golo com tanta alma que nos sentimos à beira de um acidente vascular cerebral!

Ir a Alvalade também é isto

Na década de 90, em redor do velhinho Estádio, existiam insuportáveis senhoras em pré-reforma ansiosas por nos espetarem um autocolante na peitaça, pela módica quantia de 300 escudos (mas era um autocolante prateado e brilhante com o símbolo do Sporting no meio, ao melhor estilo daqueles que nos impediam de terminar as colecções de cromos dos campeonatos dos mundo).

Hoje, em redor do moderno Estádio, existem gajos carregados destes flyers, convidando-nos a jantar num local onde senhoras bem mais experientes do que as tais em pré-reforma estão ansiosas por sentar-se à nossa mesa e começar a pedir copos em que 1,5€ deve servir apenas para o gelo. O que vale é que, diz o flyer, a segunda bebida é oferta.

COM AÇÚCAR MAS SEM CANELA

Sporting – 2 (Postiga e Romagnoli); Pastéis – 0

Nível de endorfinas: Suficiente. Vitória tranquila, sem grande espectáculo. É o grande paradoxo deste Sporting, versão Bento (com jogadores qualificados)… Equipa competitiva, competente, concentrada. Sem correr riscos desnecessários. Marcar e ganhar. Para ver espectáculo, vai-se ao cinema. Paradoxo: não gosto mas quero ganhar. Houve uma equipa, esta semana, que deitou 45 minutos fora e depois andou a correr para marcar e não conseguiu (por azar e ansiedade). Perdeu mais dois pontos para o líder. Parecido com o ano passado, não? Os nomes dos clubes é que estão trocados…

Momento-chave: Uma das defesas do Rui Patrício. Segurou os três pontos. E ajuda a mudar o rumo desta época. No ano passado, podia ter dado um pato e gastar dois ou três pontos. Este ano, segurou os mesmos pontos.

Prémio El Dieguito: Toque, junto à linha lateral, do Izmailov, que tirou logo um adversário do lance, que ainda deve andar, a esta hora, à procura da bola. Viste Vuk? Foi bonito, não foi? Fazes melhor?

Prémio Gladstone: Para o Belenenses, mais concretamente para a preparação desta época. Quem é o responsável pelo mutante futebolístico que se exibiu ontem em Alvalade?

Prémio Zé Piqueno: (devido a problemas técnicos alheios ao Cacifo, este prémio fica por atribuir, esta semana).

Visão Zeman: Losango bem oleado, a defender e a atacar. Muita dinâmica, muito óleo a passar nas roldanas, com as subidas do Abel, os passes (sortidos) do Roca, a velocidade com critério do Izmailov, os apoios do Pipi. Contra defesas a 3, é um doce… os lados do losango chamam os laterais avançados e abrem um buraco enorme nos últimos 15 metros nas faixas até à linha de fundo. Então quando o Djaló descaía, levando um central, aquilo era um passador. Pena a mentalidade pragmática. Com o “mindset” Peseiro, tinham sido cinco ou seis.

Segunda leitura: o Sporting continua com um problema importante na posição de trinco. Não tem ninguém melhor que o Moutinho para equilibrar a equipa na recuperação defensiva. O Veloso não sabe ou não quer. E o Adrien não tem ainda “cabedal”. Mas o Moutinho rende muito mais a 10 que o Pipi. Pode ser novamente um duplo problema grave lá mais para a frente, quando começar a chover…

Vivó Sporting… até morrer!: Dá gosto gritar GOLO! num obscuro café no meio de uma deserta Castanheira de Pêra…

Será que já podemos chamar “caso” a isto?

«Decidi que vou sair em Dezembro. Hoje joguei mais do que quatro minutinhos. Joguei mais do que em toda a temporada, mas não estou aqui para falar do jogo. Eu só queria jogar e ajudar a equipa, mas isso pelos vistos é mau aqui. É uma situação muito difícil para mim, mas vou dizer ao clube que decidi sair em Dezembro. É difícil para mim, mas vou sair. Muito obrigado aos adeptos pelo apoio que me deram sempre, mas assim não podia continuar. Que esta seja a melhor solução para o Sporting, ao qual desejo tudo de bom. (…) Ainda não tenho clube, mas tenho três meses para o encontrar. Não quero é estar mais tempo sem jogar»

Vukcevic, no final do jogo com o Belenenses