A vassoura

Maniche (nem devias ter vindo)
Pedro Mendes (se o Polga é útil pela experiência, qual a razão para Pedro Mendes não ficar?)
Caneira (finalmente)
Pedro Silva (quem é que te contratou?)
Purovic (o Youtube foi uma grande invenção, não foi? quase tão grande como o Paulo Bento querer que fosses um avançado móvel, capaz de vir atrás receber, distribuir, e sprintar para a área)
Valdés (não consigo entender a razão da dispensa. Até porque, numa estrutura organizada e com um treinador decente, podia fazer muito melhor)
Grimi (fizeste-me ter saudades do Leal. E do Balajic. Está tudo dito)
Zapater (obrigado pela forma entusiasta como festejaste os golos. Mas o futebol, pelo menos aquele de que gosto, é muito mais do que isso)
Vukcevic (Vuk, é uma pena ver-te partir. Ainda por cima com a certeza de que podias desempenhar na perfeição o papel para o qual estamos a tentar contratar o Bojinov)
Torsiglieri (acho que vai fazer-te bem um ano como titular noutra equipa. Vê se aproveitas para melhorar o teu posicionamento face a cruzamentos, por alto, para a área)
Saleiro (embora sejas capaz de falhar tantos golos como o Postiga, acredito que não farias pior se te dessem as mesmas oportunidades. Mas pronto, também acho que o Rui Fonte é bem melhor do que tu e deixámo-lo ir para Espanha)
Abel (acho bem que sejas integrado na estrutura)
Nuno André Coelho (és patético. Nos gestos e nas palavras. Ah, e nunca serás metade do pior pé do Beckenbauer)

E espero que não voltes mesmo!

«O chefe do departamento clínico do Sporting, Gomes Pereira, revelou, esta sexta-feira, que Maniche poderá não voltar a jogar na presente temporada, na sequência da lesão muscular sofrida num treino. “Atendendo à extensão da lesão não podemos garantir com segurança que o jogador volte a estar apto para a competição na presente época. No entanto, de acordo com a resposta à terapêutica nas próximas duas semanas, esta previsão poderá vir a ser alterada“», in A Bola.

É aproveitar e dizer-lhe que não vale a pena voltar para a próxima época (só foi pena não se ter lesionado antes de cumprir os malditos 20 jogos que renovavam automaticamente o contrato).

Olha lá, oh Paulo Sérgio

O que é preciso para tu deixares de colocar o Maniche a titular?
Para perceberes que a equipa não funciona com três médios de características idênticas?
Para assumires que o André Santos é o médio fisicamente mais disponível, logo, tem que jogar? (já para não dizer que tem sido o mais regular ao longo da época)
Para meteres na cabeça que isto é o Sporting Clube de Portugal e que jogar com dois médios de contenção (Mendes e Santos) é o máximo que os adeptos toleram?
Para te deixares de merdas e estabilizares a táctica num 4-2-3-1, onde a figura central do 3 seja sempre o Matías ou o Valdés?

No fundo, custa assim tanto dares uma imagem um bocadinho melhor da tua pessoa enquanto treinador de futebol?

Venha de lá essa mudança!

«Depois de uma reunião de mais de duas horas, o presidente da mesa da Assembleia Geral dos leões, Dias Ferreira, anunciou que, por unanimidade, os membros dos órgãos sociais do Sporting decidiram renunciar aos respectivos mandatos com efeitos a partir do dia 14 de Fevereiro.
Em consequência dessa decisão, Dias Ferreira anunciou para o dia 26 de Março uma assembleia geral eleitoral»

Mas quem és tu, oh meu porco gordo, para dar lições de Sportinguismo a quem quer que seja?

[…] verificamos que todos os dias há critícas de falsos sportinguistas, muitas justas, outras nem tanto, de pessoas que dizem que são do Sporting, mas não parecem“, Maniche, in Record.

É, realmente, uma vergonha, fazerem deste “Sportinguista desde pequenino” o porta-voz da equipa e da própria direcção. Aqui nem está em causa a idade ou o peso. Está em causa o rendimento desportivo e a cena miserável do jogo com o Guimarães, uma espécie de ponte da glória depois da expulsão no Estádio da Luz e da agressão na recepção ao Porto. Por outras palavras, Maniche não serve de exemplo, muito menos de exemplo de grande Sportinguista. Já o disse e repito: de cada vez que ele bate com a mão no peito, sobre o símbolo do leão, só me dá vontade de pregar-lhe socos atrás de socos.

Mas o porta-voz, que tem direito a entrevista no jornal oficial do clube e no Record e  não se fica por aqui.
Passa a mão na cabecinha das claques e, em simultâneo, volta a etiquetar de maus Sportinguistas todos aqueles que não admitem ver o Sporting num leão moribundo, capaz de encher a barriga com restos; “O apoio que realmente sentimos e agradecemos é dos adeptos, que se esforçam para estar ao nosso lado em todos os estádios onde jogamos, perto ou longe de Alvalade, ao sol ou à chuva. É por eles que continuamos a lutar e é deles que esperamos ajuda à equipa nestes momentos mais difíceis”.

Aponta o dedo à sorte madrasta, desculpa-se com as mudanças e com as lesões e, espetando-me mais uma farpa no peito, tenta fazer-nos crer que aquilo que temos visto é bom futebol. (não me apetece transcrever, já basta ter lido).

E tem a distinta lata de voltar a falar nos orçamentos. “No Sporting não temos os meios de Fc Porto e Benfica para ir ao mercado. Não são desculpas, antes um incentivo para todos nós darmos a cara e continuarmos a trabalhar diariamente de forma honesta  para sermos uma grande equipa, porque o Sporting tem grandes jogadores. Olhamos uns para os outros e perguntamo-nos como é possível não estar directamente na luta pelo primeiro lugar, como é possível não ganharmos determinados jogos”.

Pois é, oh Maniche, nós, os Sportinguistas que tu apelidas de falsos e que andam há anos a apoiar a equipa enquanto tu preferias encher os bolsos pelos quatro cantos do mundo (mas sempre com o coração em Alvalade, claro), também se questionam como é possível ganharmos tão poucos jogos (não são só determinados, meu caro), como é possível continuarmos a levar golos de bola parada uns atrás dos outros, como é possível não sermos capazes de aproveitar esses mesmos lances a nosso favor, como é possível nunca jogarmos mais de meia hora por jogo… É que, se tudo fosse uma questão de orçamento e de capacidade de ir ao mercado, apenas devíamos perder dois ou três jogos por ano, não era?

Estou farto de ti, ó Nuno Ribeiro!

Ou Maniche, se preferires.
Estou-me literalmente a cagar para que batas no peito quando marcas um golo. Aliás, até podes vir a marcar dez golos que nos levem à final da Liga Europa, que continuarei a estar farto de ti e a contorcer-me de nervos quando penso que deves estar prestes a renovar por mais um ano.
Estou farto da tua falta de pernas para um jogo com um ritmo um pouco mais elevado (contra o Porto, duraste 40 minutos).
Estou farto de ver-te dar porrada, pondo constantemente em risco acabarmos o jogo com 11.
Aliás, acho uma vergonha teres sido titular, no sábado. Se eu fosse teu colega de equipa, sentia-me no pleno direito de, quando me apetecesse, espetar um porradão num adversário e ser expulso. E, depois, de exigir manter a minha titularidade, por mais que tivesse prejudicado a equipa. E, porque deves ter mesmo essa certeza de que és sempre titular, deste-te ao desplante de voltares a agredir um jogador de forma vergonhosa.
Tenho pena, muita mesmo, que não tivesses voltado a ver o vermelho. Podia ser que alguém se passasse da cabeça e te fosse aos cornos a ti e a quem te põe a jogar.

Por mim, chega!

Tínhamos feito o mais difícil, não tivemos maturidade e inteligência, mesmo com dez, para guardar o resultado […] Também acredito que o Maniche está arrependido da asneira que cometeu. Conto com ele para dar maturidade, essa maturidade que faltou após expulsão“, Paulo Sérgio.

O sistema

4-4-2
Foi desta forma que Paulo Sérgio pensou o Sporting 2010/11.
Sem 10. Com dois “médios elásticos”, Pedro Mendes e Maniche. E dois avançados.
Quando se pergunta o porquê do Sporting europeu ser diferente do Sporting para consumo interno, e para lá do facto de os adversários europeus não se fecharem lá atrás esperando um erro nosso para marcar e de nós só à quinta-feira parecermos perceber que o jogo começa ao apito inicial, esta história do sistema pode ajudar a perceber algumas das diferenças.
Poderá resultar, de quando em vez, de outra forma, mas é assim que sabemos jogar. Com dois médios centro, num falso lado a lado, e dois alas capazes de acelerar o jogo, de desequilibrar, procurando os dois avançados.
Por outras palavras, insistir em Valdés (ou outro do género) junto à linha, será sempre meio-caminho andando para a equipa emperrar. Aliás, se foi para ocupar essa posição que o compraram, estamos perante um erro de casting. Mas isso daria outro post…