A vassoura

Maniche (nem devias ter vindo)
Pedro Mendes (se o Polga é útil pela experiência, qual a razão para Pedro Mendes não ficar?)
Caneira (finalmente)
Pedro Silva (quem é que te contratou?)
Purovic (o Youtube foi uma grande invenção, não foi? quase tão grande como o Paulo Bento querer que fosses um avançado móvel, capaz de vir atrás receber, distribuir, e sprintar para a área)
Valdés (não consigo entender a razão da dispensa. Até porque, numa estrutura organizada e com um treinador decente, podia fazer muito melhor)
Grimi (fizeste-me ter saudades do Leal. E do Balajic. Está tudo dito)
Zapater (obrigado pela forma entusiasta como festejaste os golos. Mas o futebol, pelo menos aquele de que gosto, é muito mais do que isso)
Vukcevic (Vuk, é uma pena ver-te partir. Ainda por cima com a certeza de que podias desempenhar na perfeição o papel para o qual estamos a tentar contratar o Bojinov)
Torsiglieri (acho que vai fazer-te bem um ano como titular noutra equipa. Vê se aproveitas para melhorar o teu posicionamento face a cruzamentos, por alto, para a área)
Saleiro (embora sejas capaz de falhar tantos golos como o Postiga, acredito que não farias pior se te dessem as mesmas oportunidades. Mas pronto, também acho que o Rui Fonte é bem melhor do que tu e deixámo-lo ir para Espanha)
Abel (acho bem que sejas integrado na estrutura)
Nuno André Coelho (és patético. Nos gestos e nas palavras. Ah, e nunca serás metade do pior pé do Beckenbauer)

Não valeria a pena uma explicação?

Primeiro, afasta-se Caneira, espalhando-se a informação de que ele seria o bufo (ou o principal dos).
Agora, passados dez meses, reintegra-se Caneira, como se tudo isto não tivesse passado de uma imposição de Costinha.

Sinceramente, como sócio e adepto, preferia que me explicassem o que se passou em vez de estarem a mandar-me cartinhas para casa…

Os estranhos desígnios da arte de gerir (take 1)

Ao passar os olhos pelos desportivos de ontem e de hoje, fico com a ideia de que Couceiro será capaz de resolver dois dos problemas do plantel: Caneira e Izmailov.

Caneira, um dos homens fortes de Paulo Bento, tornou-se numa verdadeira pedra no sapato. Apontado como o principal bufo do balneário, passando informações em demasia ao seu amigo Seara, deixou o bandalho do seu empresário, Paulo Barbosa, dificultar ao máximo a tentativa do Sporting para resolver a situação de um jogador sem lugar no plantel. Bolton e Fulham foram dois dos três clubes ingleses propostos pelo Sporting e a todos eles Caneira torceu o nariz, preferindo fazer finca pé enquanto o seu empresário choramingava um tratamento discriminatório por parte da entidade patronal.

O mesmo empresário é figura incontornável no caso Izmailov, um caso que não só me enche de vergonha como de tristeza: pela forma como o Sporting tratou um dos seus mais valiosos e dedicados jogadores; pela forma como Izmailov se deixou conduzir por aquele bandalho anteriormente citado. Com um bocadinho de sorte, em Março o russo estará de volta e, fica já o recado, só espero que Paulo Sérgio (se ainda cá estiver) não faça o que fez Carvalhal, obrigando um jogador vindo de paragem prolongada e com pouco ritmo a fazer todos os minutos e mais alguns.

Nos dois processos há, também, outra figura incontornável: Costinha. E aqui, a questão é muito simples: se Couceiro conseguir acalmar as águas e resolver estes dois bicos de obra, como é que o fatiotas justificará o seu total insucesso para levar a bom porto contas que eram do seu rosário?

Maça reineta

O imbecil do Paulo Barbosa (a sério, como é que este homem ainda trabalha no futebol?) decidiu partilhar com o povo a dramática situação que vive o seu Marco Caneira. Diz que “o Marco Caneira está a treinar-se à parte e equipa-se no balneário dos árbitros. Isto é perfeitamente ilegal. Não é correcto e ele não merece  estar a ter este tipo de tratamento”. O atrasado mental do Paulo Barbosa (a sério, como é que este homem ainda trabalha no futebol?) acrescenta que “o Marco Caneira tem 15 anos de Sporting, não merece este tipo de tratamento.  Está a ser tratado como uma maçã podre”.

Eu diria, uma maça reineta, daquelas que frescas têm um sabor ácido e que são boas é assadinhas, com um pauzinho de canela e um polvilhar de acúçar ou mel. Porque só com canela e mel é que o Caneira ainda é “comestível” futebolisticamente, depois dos brilhantes desempenhos das últimas épocas. Épocas em que Caneira aproveitou para ser sucessivamente preterido em favor do Grimi, do Abel ou do Polga. Épocas em que o Caneira se candidatou a presidente de uma Junta de Freguesia (!?!?), com autorização dos seus amigalhaços do Sporting. Épocas em que o Caneira se tentou impôr como líder, mas acabou num canto do balneário, impávido e sereno perante o desfilar de misérias que tanto nos hipnotizou.

O burro do Paulo Barbosa (a sério, como é que este homem ainda trabalha no futebol?) urra que “este tratamento pode conduzir a uma rescisão  por justa causa”. Mas o logo revela que “o jogador não vai rescindir” o contrato de dois anos que ainda tem com o Sporting. Ora aí está! O Caneira até pode estar a ser vítima da nova ordem das coisas em Alvalade, ele que se revoltou na Selecção contra os salários e que se manteve fiel ao estúpido do Paulo Barbosa (a sério, como é que este gajo ainda não levou com um tambor?), uma lealdade que lhe está a custar caro perante o todo-poderoso Mendes. É a vida, os amigalhaços permitiram-lhe tudo antes, agora os amigalhaços dos outros lixam-lhe a carreira.

Mas se um grande sportinguista prefere continuar a chular o clube, com uma dignidade próxima da de um macaco com uma erecção a comer uma banana com casca, então equipar-se no balneário dos árbitros até é uma sorte. Por mim, equipava-se nos corredores, com a pila pequena à vista de toda a gente. E deixava o balneário livre para o Izmailov, outro dos amestrados do empresário mais frustrado do futebol português.

Enfim, nas sábias palavras de um pensador dos nossos dias, “mais um trágico exemplo da nossa miséria existencialista”.

Cocktail Izmailov

Izmailov, o nosso Izmailov, faltou ao treino sem justificação. Pelas palavras do seu empresário, Paulo Barbosa, já se percebeu as razões dessa mesma ausência.

Não posso dar razão ao russo nesta atitude, mas muito menos posso concordar com a espécie de julgamento em praça pública que foi feito, ontem, por Costinha, apontando o dedo a um dos maiores profissionais deste plantel.

Jogar com uma entorse, contra o Benfica, nos 5-3; jogar contra o Porto acabado de sair do hospital, nos 3-0; andar a jogar em esforço desde que regressou, depois de ser operado (e ter abdicado de parte do ordenado durante essa mesma recuperação), são apenas alguns exemplos daquilo que Marat já fez pela equipa.
Se, ontem, não se sentia em condições, não me parece ser razão para colocá-lo de lado, tratá-lo como mau profissional e, pasme-se, comparar o seu suposto pouco esforço em prol da equipa com o esforço feito por outro jogador que, há uns meses, andava em campanha para ser presidente da junta…

Vão-se foder!

A arma secreta

Como esta é uma semana em que as energias negativas devem andar arredadas das prateleiras do Cacifo, tenho cá para mim que o facto de o Caneira, vindo de lesões e sem ritmo, ter sido dispensado do treino de ontem para tratar de assuntos pessoais, só pode ter uma explicação: tendo em conta que o Tonel foi dispensado pelos mesmos motivos, acredito que tenham estado a treinar os dois numa qualquer sala de treinos secreta e que, na quinta, o Marco será o melhor em campo, metendo no forro dos calções o Kun e o Forlan ao mesmo tempo!

E pode ser de boca calada?

Virou-se um ciclo. Disse-o Bettencourt. Disse-o João Moutinho. Disse-o Caneira. Só faltou dizê-lo Jorge Cadete, o tal que o jornal Record insiste em tentar fazer regressar ao nosso clube.

Virou-se um ciclo, dizia eu. Depois das choramingadelas e das conferências de imprensa tresloucadas, a saída de Paulo Bento é um facto consumado e enterrado, selado com uma entrevista onde o ex-treinador leonino mostrou exactamente aquilo que é: uma das pessoas mais teimosas que alguma vez vi (“jogámos em vários sistemas para além do losango, mas ninguém deu por isso”… pois, os treinadores adversários é que eram muito inteligentes e sabiam sempre antecipar as nuances tácticas que ias utilizar) e, também, uma das pessoas mais directas e frontais que alguma vez tive oportunidade de “conhecer”.

Fruto desta frontalidade, Paulo Bento aproveitou para dar uma machadada na subserviência leonina aos rivais nortenhos, dizendo que ele defendeu que o Sporting devia ter-se insurgido contra a nomeação de Duarte Gomes para o Dragão mas, estando contra, acatou a ordem directiva para não levantar ondas antes do jogo (e, imagino, deve ter tido que beber um balde de água para fazer descer o sapo que foi ouvir o presidente afirmar que confiava em quem nomeava).

Fruto, também, desta frontalidade, Paulo Bento apontou o dedo aos doutores, os chamados notáveis: “[…] esses doutores que gostam de estar de forma permanente na comunicação social, alguns deles com responsabilidades no clube, não tiveram comportamentos próprios de acordo com certos valores e não foram solidários, especialmente nestes quatro meses.”

Rogério Alves enfiou a carapuça até aos olhos e atacou pelo lado mais fácil: acusando Paulo Bento de, em termos classificativos, ter deixado o Sporting numa situação miserável. A ele se seguiram outros doutores, incomodados pois então, chegando a acusar Paulo Bento de falta de solidariedade. Até aqueles palermas que se denominam Associação de Adeptos Sportinguistas, emitiram um comunicado onde aproveitam para cuspir o resto de azia que a presença de Paulo Bento lhes deixou.

Vocês sabem a minha opinião sobre Paulo Bento: grande profissional, treinador limitado. E, neste caso, custa-me que se aproveite para cruxificar o homem por ter dito algo que é uma grande verdade: no Sporting existem demasiados papagaios, demasiados doutores, notáveis ou o caralho que lhes queiram chamar a opinar, a minar, a desestabilizar, a irritar, a procurar protagonismo.

Um tem uma coluna num jornal. Outro falta a compromissos do Sporting para ir ganhar uns milhares de euros num programa de debate semanal. Outros são apenas adeptos, mas chegam mais depressa aos jornais do que chegaria o Pedro Barbosa a sprintar. E é desta verdadeira corja que o Sporting não precisa.

Se o Presidente quer mudar algo e acabar com aqueles Sportinguistas que afrontam o Sporting, então que aproveite o início deste novo ciclo para mandar calar esta gente (nem que seja com um cala-te pá, cala-te!), estabelecendo uma regra simples: se são membros da estrutura directiva do Sporting, não têm nada que andar a opinar na praça pública. Não querem? Então fiquem com a coluna no jornal e com o programa semanal, que destes sportinguistas de merda, estou eu farto!

Uma derrota que magoa…

Caneira perdeu as eleições por 32 votos. Os almargembispenses não confiaram na sua sagacidade política.

… e agora? Será que o sr. Caneira já pode dedicar-se a tempo inteiro à sua profissão? Ou ainda pensa candidatar-se a mais alguma coisa enquanto é pago principescamente para ficar no banco, jogar “tocado” ou passar a semana no ginásio? Parece que o lugar de chefe da estação dos CTT de Corroios está em aberto… ou o de chefe da banda do Alandroal…